quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Politicamente correcto na Maternidade

Num dia, acordamos com a notícia de que na Suécia Deus deixará de ter género a partir de 2018; noutro, que a famosa caixa Finlandesa, conhecida como "kit da maternidade", se tornou polémica, com alguma alma-nada-iluminada tentando mudar-lhe o nome para "kit de família". 

Se fosse pela defesa da ideia, de que Deus pode ser algo de diferente a qualquer género, poderia entender, mas não é; é apenas preocupação, dos adeptos do politicamente correcto com a igualdade entre géneros. Fazendo ouvidos moucos a referencias bíblicas que sempre designaram Deus no masculino, verga-se a Igreja ao discurso do politicamente correcto, antes que se virem contra ela. A mim, pouco me importa que seja ela ou ele, acredito em Deus acima dessas minudências humanas, é a questão do discurso correcto, que vai por aí fora descontrolado, que me irrita.

Se o kit da maternidade se destinasse a uma grande maioria de famílias, o nome poderia talvez justificar-se, e parecer menos forçado; porém acontece, que infelizmente, poucas ( e cada vez menos) crianças nascem dentro da estrutura a que chamamos família.

São as mães que carregam nove meses os filhos no ventre, são elas que os parem, frequentemente em hospitais obstétricos conhecidos como Maternidades. Creio também que a maioria dos profissionais ligados à obstetrícia, entre médicas, enfermeiras, parteiras e doulas são mulheres. Porque essa área nos é naturalmente cara.  Porque a Maternidade é exclusiva da mulher, custe o que custar a quem vê isso com os olhos misóginos da inveja, inventando pretextos inaptos para nos sonegar referências que temos por direito.

A preocupação com a inclusão é tanta, e tão cega, que qualquer dia quem está excluída é a grande maioria, domada e culpada por ser aquilo que é.