sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Salada de Couscous # Vegetariana


Adoro as saladas de Verão, são frescas e rápidas de confeccionar. Como o calor continua, as saladas também!

Salada de Couscous 

Ingredientes:
Uma chávena (chá) de couscous
Uma cebola
Meio pimento vermelho
Uma maçã média
Sal e caril

Como fazer:
Colocar o couscous numa taça com água a ferver (a cobrir), tapar com plástico aderente e deixar repousar 15 minutos.
Saltear em azeite a cebola cortada em meias luas, dois minutos, e acrescentar a maçã cortada aos cubos. Saltear mais um pouco e juntar o pimento cortado em tiras pequenas. Temperar com sal e uma colher de chá de caril. Envolver tudo até os ingredientes ficarem cozinhados. Soltar o couscous com um garfo e envolver tudo.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Ensinar e aprender a dizer "Não" é fundamental

Educamos os nossos filhos para serem obedientes. Há algum mal nisto? Queremos que nos obedeçam porque sabemos o que é melhor para eles, sendo este argumento indiscutível.

E pretendemos que nos obedeçam sem demora, que acatem os nossos pedidos, sugestões e ordens. Porque nós sabemos o que é melhor e necessário, e porque desobedecer aos pais, e mais velhos, é muito feio. Fazemos má cara, dizemos que são mal-educados se desse modo se comportarem, e castigamo-los se for o caso. 
A maioria das vezes, não nos damos sequer ao trabalho de explicar porque queremos as coisas assim, porque impomos a nossa vontade. Pedimos ou ordenamos do alto da nossa condição de lideres inquestionáveis, e a pressa, os horários, as diversas tarefas que aguardam as nossa atenção, não nos deixam disponibilidade para explicar razões. Não podemos perder tempo! 
Portanto, esperamos uma obediência cega. E, se pedir para que se vistam rapidamente, pois o autocarro parte dentro de 15 minutos, ou têm que estar na escola ou numa consulta, a determinada hora, é suficiente para que o pedido seja uma ordem a obedecer, a frequência com que fazemos estas coisas levam-nos por um caminho comum, para tudo o resto. Porque dentro deste extenso pacote de ordens e pedidos, que fazem parte do nosso dia-a-dia, há muito do que não é evidente, do que não é compreendido sem mais palavras do que a sugestão, pedido e ordem
Porém, estamos a formatar os nossos filhos, as nossas crianças, para ouvirem e obedecerem, sem retorquírem, sem contestarem, sem pedido de explicação. Estamos a criar crianças e jovens que obedecem sem espírito crítico. Que aceitam o poder dos mais velhos, sem questionar. Que aceitam fazer, e ser, aquilo que pode ser, e muitas vezes é, nocivo para eles próprios. Não os estamos a educar para saberem dizer "não" quando a situação o exigir. Quando, em situações mais extremas, estão em perigo.
Ensinamos as gerações novas a sentirem-se mal, para nos fazerem sentir bem.

Esta obediência cega formata adultos para serem bons seguidores, e é assim que a sociedade os quer, para fazer deles "bons trabalhadores", e "bons cidadãos". E isto interessa exactamente a quem? A quem manda, e se antes foram os pais e professores, passa depois para políticos, chefes e patrões.
Não haverá anarquia se ensinarmos as crianças e jovens a pensarem de forma crítica, construtiva e consciente. Haverá mudanças estruturais, necessárias para um mundo melhor, e pessoas mais equilibradas e felizes. 
Temos nós, que entretanto, aprender a ouvir "não" e a ouvir razões e argumentos, sem sentirmos que isso nos questiona de forma ameaçadora, enquanto pais e educadores. Apenas nos questiona, e não há mal algum nisso, muito pelo contrário. 

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Aviso Amarelo

Quando o homem não consegue resolver os problemas que cria para o Planeta, este mesmo trata de os resolver. E quando o homem se tornar um problema para a Terra, o planeta também disso se encarregará. 
Foi algo assim que um ecologista disse, num Documentário que vi há muito tempo. Pareceu-me lógico e perfeito, como só a Natureza o pode ser.  
Perante os fogos diários que consomem o nosso país, desde o principio do Verão, e apesar do esforço sobre-humano dos Bombeiros, um Aviso amarelo parece-me mais do que adequado. Parece-me generoso. A Natureza diz basta. 

Global map

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Novas orientações para o pré-escolar são claras: crianças não devem ser classificadas

"Nem classificação da aprendizagem da criança”, nem “juízo de valor sobre a sua maneira de ser”...
Concordo, só peca pela demora. Estão há anos a pressionar e rotular crianças, que deveriam estar ainda a desfrutar da brincadeira, verdadeira prerrogativa da infância.
Também espero que isto se reflicta na parte burocrática dos profissionais de Educação, libertando-os para o trabalho de sala, com as crianças, que é o que de facto importa.

Notícia aqui.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Autoridade ou autoritarismo?

R . - Diz que neste momento os pais estão mais próximos dos filhos do que nunca, mas há um marcado défice de autoridade. Por outro lado, às vezes a autoridade é exercida de modo totalmente arbitrário. Para nós, educar é ainda humilhar?

Daniel Sampaio - Sim. O problema é que essa autoridade clássica, que é mais autoritarismo que autoridade, não funciona com os jovens de hoje, que têm muita noção dos seus direitos. Portanto, é preciso criar outro tipo de autoridade. Se um pai acompanhar um filho desde pequeno, esta autoridade será natural e reconhecida. Agora, se for um pai castrador, o filho adolescente vai dizer não a tudo. O que geralmente acontece é que temos dois extremos: ou pais que foram muito permissivos na infância (...) , ou pais muito autoritários, que criaram conflitos terríveis com os filhos. E portanto, não se desenvolveu naturalmente uma autoridade baseada na relação. 
In Revista Activa Set.2016

Infelizmente é mesmo assim que eu vejo a educação das crianças; os adultos servem-se do seu estatuto para impor o que querem, sem terem em conta o que a criança diz, pensa, sente e quer. Não pretendo com isto afirmar que os pais/educadores devam acatar o que elas querem, dizem, pensam e sentem, porque a nós cabe a responsabilidade da decisão, mas sim reclamar a validação do que as crianças pretendem; o reconhecimento do que sentem, o interesse em inclui-las nas conversas. Sem isto, as nossas decisões são apenas unilaterais, e vistas como autoritárias, por eles. O pior é que há pais que ainda fazem gala de o reafirmar, sintetizando autoritarismo com humilhação, com a célebre chave de ouro: "porque sim, eu é que mando!".
Nunca me aconteceu, após ter explicado porque faríamos, ou fariam, algo de que não concordavam sem compreenderem porque o fazíamos. Podiam até continuar contrariados, no entanto já tinham entendido que tinha mesmo que ser assim. Ficavam, e ficam,  aborrecidos com o acto em si, mas não comigo. Havendo respeito, coerência, e reconhecimento, o resultado no relacionamento entre pais e filhos é efectivamente notável.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Dica de leitura - A Tia Júlia e o Escrevedor

Via Wook
Depois da "Menina má" entrei em modo "Vargas Llosa" e apeteceu-me ler este, que já me tinha sido recomendado. Realmente é merecedor de todos os elogios; mais outro livro divertido ( o que me ri, no avião, na praia, na esplanada!) inesperado e viciante, e magistralmente escrito.

Varguitas é um jovem peruano, que pretende tornar-se escritor, e um dia viver em Paris ( sim , mais uma vez, e não será de estranhar, pois a história parece ser autobiográfica).  Entretanto, acumula as aulas na Universidade com um trabalho na Rádio, onde conhece Pedro Camacho, uma estrela das radionovelas. Em paralelo, acontece a história secreta de amor com a tia Júlia. Quando, assoberbado de trabalho e esgotado, Pedro Camacho começa a misturar personagens e a criar o caos radio-novelesco, a família de Varguitas descobre a sua história de amor, fomentando angústias e tensões que se revelam temerosas.
Sem dúvida um livro que vale a pena ler!

Título do livro: A Tia Júlia e o Escrevedor
Autor: Mario Vargas Llosa
Editora: D.Quixote
Nr de pág. 376
Preço: 18.90€