sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Coroa de Natal - Faça você mesma


Todos os Natais a Letícia espera que eu faça alguma decoração para o quarto dela; algo feito por mim, normalmente muito simples, mas sempre uma surpresa que ela descobre maravilhada. A generosidade das crianças é assim, contentam-se com pouco mais do que o gesto em si.



Este ano, motivada pela abundância de lãs que me ofereceram, resolvi fazer - fazer? até o verbo me parece excessivo, pela simplicidade do projecto - uma coroa, nos tons de cor que a minha filha gosta. Usei uma coroa em esferovite, uns bonecos PlayMobil, e um pequeno trenó; tudo prata da casa. 


Voilá! Prático, simples e económico. 
E a Letícia adorou!

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Jogos para Fazer em Família e para o Natal


Uma das entradas mais populares neste blogue, desde Outubro, é "Jogos de Natal". Há muitos pais que pretendem celebrar um Natal sem televisões, computadores, consolas e telemóveis, mas não conseguem, pois os filhos queixam-se, da seca, do aborrecimento que é.
Estas ideias de jogos são simples e muito divertidas. Para fazer ao fim-de-semana, e também no Natal, quando ainda mais elementos da família se juntam. Como dizem os ingleses: " the more de merrier"!

Mais ideias no blogue Playtivities

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A Mãe Japonesa

As crianças japonesas respeitam muito o espaço dos outros, são educadas para não incomodar. Se uma criança portuguesa sai do baloiço ainda continua lá à frente, e as outras crianças não podem brincar. São pouco educadas a ter limites, e a respeitar os outros. Também me parece que as mães portuguesas gostam muito de exibir os filhos, e de falar muito bem deles, quando a realidade não é bem assim. 
Uma coisa boa que existe em Portugal: há muito convívio entre gerações. No Japão as crianças são educadas para usar todas aquelas fórmulas tradicionais de respeito para com os mais velhos, mas depois na prática é raro ver um adolescente a acompanhar um idoso. Em Portugal, isso vê-se muito, e é muito bonito de ver. 
Hiroko Gamito, um filho de 22 anos, in Revista Activa, nr 254, Maio 2015

O que dizer para contestar os pontos negativos apontados neste testemunho? Nada, não é? As crianças portuguesas, por exemplo, interrompem os adultos constantemente, e de facto não se importam de ter meninos a olhar para eles no baloiço, durante montes de tempo. Dir-se-ia que é quando mais gostam de lá ficar, e ter plateia que lhes inveje o lugar. E frequentemente, os pais nada dizem. 
Quanto à vaidade dos pais portugueses, relativamente aos filhos... bem. 

Portanto, não poderemos refutar, mas fazer sim, são aspectos que realmente temos que melhorar, na educação dos nossos filhos. 

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O luto explicado às crianças

Andava com esta passagem do artigo "Os caminhos do luto*"  a tentar-me ocasionalmente, desde que o li, há cerca de duas semanas, para que aqui a partilhasse. Pela delicadeza do assunto, ia adiando, sem nunca o esquecer.  Mas agora, a propósito deste outro artigo, na sequência dos atentados em Paris, pareceu-me que a sua pertinência se tornou maior ainda.

"... Há que habituarmo-nos, como pais, a ouvi-las. Temos de educar a criança o mais realisticamente possível. A ouvi-la quando se magoa. Não lhe dizer: Deixa lá, não ligues. Ou seja, vamos pondo pedras na mochila e não tiramos as que lá estão. Como lutamos contra a morte? Com educação e amor. Educar é ajudar os outros a descobrir o que de melhor existe no seu íntimo: e começar por nós próprios. Quanto mais a pessoa está preparada para a vida, mais está preparada para fazer o luto." 

* Revista Activa, nr 300 Novembro 2015

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O Saco do Pão




Apesar de actualmente os sacos de plástico serem cobrados ao cliente, os de papel ainda não. Pelo menos agora as pessoas contentam-se em levar o pão no saco de papel, pois antes a maioria insistia em levar os dois. 

Mas convenhamos que não é nada ecológico, e continua a ser um encargo financeiro, para as padarias. Urge, por todos os motivos, que voltemos ao uso do saco de pão de pano. Para dar um empurrãozinho, a padaria onde compramos o pão, oferece um saco de pano. Personalizado! Não é uma bela ideia? É assim que se educam as pessoas, recuperando velhos costumes.

Acho que é um óptimo presente de Natal. Aqui.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Eddy Lamar - Inventora e Actriz




Tem hoje destaque na página do Google, faria 101 anos, e a homenagem é mais do que merecida.
Nasceu na Áustria, e nos anos 20 ficou famosa por aparecer nua num filme, e simular o primeiro orgasmo da história do cinema. Casou com um milionário austríaco, ciumento, que tentou comprar todas as cópias do filme; sem sucesso, Benito Mussolini recusou-se a vender a sua. 
Devido às festas que davam, frequentadas por militares e fabricantes de armas, Eddy aprendeu muito sobre as novas tecnologias militares. 
A vida de enclausuramento, imposta pelo marido controlador, levou-a a fugir para os E.U.A. e durante a viagem, num transatlântico, conhece Louis B. Mayer com quem assinou um contrato de cinema.

Nos anos 40 foi considerada a mulher mais sexy de Hollywood ( o seu perfil era o mais requisitado aos cirurgiões plásticos), e a mais bonita do mundo. Afirmaria mais tarde: "É fácil para qualquer mulher fazer de glamourosa, basta ficar quieta e fazer ar de estúpida." 

Característica que ela certamente não tinha, com um Q.I. acima do normal, Eddy tinha paixão pelas invenções; criou na década de 40 um sistema de comunicação à distância que hoje é base de inúmeras aplicações tecnológicas. Desenhou o mais antigo método de telecomunicações, actualmente utilizado no GPS. O principio do seu trabalho foi incorporado no sistema wi-fi e bluetooth. Talvez por tardiamente se compreender o impacto do seu trabalho, o crédito devido não lhe foi dado na altura.
Em 1997 recebeu do governo dos Estados Unidos uma menção honrosa "por abrir novos caminhos nas fronteiras da electrónica."
Apenas em 2014 nome de Eddy Lamar foi adicionado no National inventors hall of fame. 

Caso para dizer que a história de Eddy Lamar dava um filme. 

Fontes:
Wikipédia 
Revista Sábado, 14 Março 2012

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Desafios da Era Digital

"Os números revelados por um estudo recente sobre crianças e internet são preocupantes: um quinto dos pais europeus não toma qualquer medida para proteger as crianças e 31% admitem não ter qualquer controlo sobre o que os filhos vêm na Internet. 
Segundo o estudo, perto de dois terços (61%) dos pais com filhos menores de 18 anos preocupam-se com o acesso a conteúdos inapropriados, mas três quartos (76%) não têm qualquer software que os ajude a minimizar estes riscos.
O estudo, realizado pelas empresas de segurança informática Kaspersky Lab e B2B International, conclui que, apesar da falta de controlo efectivo, metade dos pais acredita que as ameaças online estão a crescer.
Entre as principais preocupações estão o medo de que os filhos se tornem viciados na internet, que comuniquem com estranhos, que partilhem informações pessoais, que não consigam perceber se estão perante malware e que sejam vítima de ciberbullying.
Além destas ameaças diretas às crianças, os pais também se preocupam com a forma como o comportamento descuidado dos filhos pode afetar o resto da família, como por exemplo a perda de informação pessoal (27%) ou gastos inesperados resultantes de compras através de jogos online (25%).
“Ser protetor é um instinto paternal, mas o panorama online está a mudar todas as regras. Este relatório revela que os pais temem que o número de ameaças online à segurança dos seus filhos estejam a aumentar, sentindo que muito do conteúdo disponível na Internet não está regulado”, afirma Alfonso Ramírez, diretor geral da Kaspersky Lab Iberia." Via Sol

Raros são os casos de crianças que não têm contas em redes sociais, ou não jogam online. É difícil, praticamente impossível, impedi-los de aderirem àquilo que a grande maioria dos amigos e colegas fazem. Encontrar um equilíbrio entre o que permitir e o limite do permissível não é óbvio nem fácil. Este estudo comprova que os pais têm noção dos perigos da internet, porém a gestão do "problema" dá trabalho, necessita de empenho e tempo, o que se revela uma conjugação deveras desafiante. 
 
Houve uma geração que passou das play-stations para os computadores, e que são agora jovens adultos; e, existe agora uma geração de crianças que começam ainda mais cedo, praticamente bebés, a brincar com tablets e telemóveis. Em ambos os casos existe um número crescente de crinças e jovens viciados; casos de birras gigantescas, e casos de quem passa horas sem comer, dormir e ir à escola, para ficar a jogar. Obviamente que esta situação provoca consequências, para além dos problemas familiares e sociais, alterações de humor e ansiedade.
 
Segundo o psicólogo Jorge Faria, há sinais que denunciam adição, como a reacção de violência, ou tristeza profunda, quando aos jovens lhes são retirados os gadjets. 
Já Nuno Moreira, do Centro Internet Segura, afirma que embora não existam substâncias tóxicas, no corpo, que provocam dependência, os processos de resposta cerebral são idênticos. 
 
De acordo com o psicólogo João Faria, "A adição mais habitual dá-se nos jogos multiplayer"; é fácil compreender porquê, existe uma forte sensação de inter-acção, de se encontrarem entre amigos, numa plataforma virtual que lhes parece real. 
Embora a maioria dos casos ocorra entre os 12 e os 24 anos o risco começa a partir dos oito ou nove. 
 
Para Tito de Morais, professor e fundador do projecto Miúdos Seguros na Net,  devem ser adoptadas regras no uso da tecnologia; a gestão do tempo no ecrã e a definição de prioridades. 
 
Tanto João Faria como Nuno Moreira concordam que bloquear o acesso à internet não é solução; por um lado, o seu uso é necessário para a realização de trabalhos escolares, e por ser possível aceder de qualquer lado. Sendo preferível que não seja feito longe dos pais.
O primeiro psicólogo aconselha ainda, aos pais, a jogarem com os filhos, para entenderem melhor como aquele passatempo está a transformar-se num vício. 
Considero esta sugestão particularmente interessante, um passatempo que possa ser vivido entre pais e filhos já é uma mais-valia, ainda com o bónus de haver um adulto a dizer, a certo ponto, " por hoje, chega!".
 
Como regra geral, a política preventiva deve ser prática aplicada; por isso, a vigilância e acompanhamento, do que os nossos filhos fazem na internet, devem ser habituais e rigorosos. 
 
Informação:
Revista Tabu, nr 450, 10 Abril 2015