quinta-feira, 28 de maio de 2015

Generosidade

Pensamos nós que a nossa generosidade fica vista e comprovada com as doações de dinheiro que fazemos a Instituições, doações de roupa, brinquedos e comida. Quando na verdade estamos a aliviar a consciência, a praticar alguma filosofia zen de destralhamento, a decorar com minimalismo, doando apenas o que nos é excedentário.

Generosidade é darmo-nos a nós. Ouvir o outro atentamente. Querer genuinamente saber como está. Sentir compaixão pelas suas dores. Abraçar quando as palavras sobejam e são insuficientes. 

Mas para isso tempo não há. 
Valem-nos as campanhas!  

terça-feira, 26 de maio de 2015

Navratan Korma - #Vegetariana


Gosto imenso de comida indiana, e sempre que encontro uma receita guardo-a no Pinterest para a testar. Por vezes o problema é não encontrar os ingredientes, limitações da vida no campo! Porém, não é isso que me impede, uso o que tenho ou improviso substituindo por algo que me parece semelhante. A situação desta receita é relativa ao paneer, um queijo indiano. Acabei por o encontrar no Jumbo, incluído numa refeição pré-feita, mas juro que de futuro de boa vontade abdicarei dele. A receita é óptima!

 Navratan Korma*:
Ingredientes: 
    2oo gr cubos paneer
    
1 pimento cortado em quadrados
    
1 xícara de feijão  picado
    
1 xícara de couve-flor picado
    
1/2 xícara de ervilhas verdes (frescas ou congeladas)
    
1 xícara de cenoura descascada e picada
    
2 batatas de tamanho médio cozidas cortados em pedaços
    
1 maçã cortada em pequenos pedaços
    
1/2 xícara de abóbora

    2 cebolas finamente picadas
    
4 tomates picadinhos

    4 pimentas verdes picadas
    
4 dentes de alho picados
    
1 colher de sopa de pasta de gengibre
    
1/2 colher de chá de pimenta
    
1/2 colher de chá de açafrão em pó
    
1 colher de chá de coentros em pó
    
1 colher de chá de garam masala em pó
    
1 xícara de natas

    Algumas passas
   
Algumas castanhas de caju picadas
   
Algumas amêndoas picadas
    
Óleo vegetal 2 colheres de sopa
    
Folhas de coentros fresco picado
    
Sal a gosto


Como fazer Aqueça uma panela e asse as castanhas de caju e as amêndoas,e reserve. Aqueça uma caçarola e acrescente óleo. Quando o óleo estiver quente o suficiente adicione os pimentões verdes, o gengibre, e a pasta de alho. Refogue bem. Adicione a cebola e frite  até que fique dourada. Adicione o puré de tomate, sal e todos os pós de especiarias. Misture bem.
Vá mexendo para evitar que o garam masala queime. Agora adicione todos os legumes e pedaços de maçã, excepto o paneer. Misture bem. Adicione 1 xícara de água e deixe cozinhar no mínimo até que os vegetais estejam bastante macios  para servir. Acrescente o paneer e misture delicadamente para que o paneer não se desfaça. Por fim, adicione as natas, folhas de coentros, e misture bem. Cozinhe mais um minuto, e decore com amêndoas torradas e uvas passas.Sirva quente com arroz basmati ou naan.**


* Receita do Tasty Indian Recipes
** receita do naan aqui

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Não vais contar isto no blogue, pois não, mãe?!

Contava-me a Letícia um episódio* que tinha ocorrido no supermercado, no qual ela tinha desempenhado um papel absolutamente fantástico. Deliciada, pedi-lhe que me repetisse a história enquanto absorvia as mesmas palavras pela segunda vez. E perante o meu conclusivo: - Tu és maravilhosa, minha filha! Responde-me: - Não vais contar esta história no teu blogue, pois não, mãe?!

Não me parece que conte por aqui muitas coisas dos meus filhos; tive sempre o cuidado de os preservar. Apesar de estarem na génese deste blogue, e de serem eles a dar-me matéria, directa ou indirectamente, para a escrita, pesquisa e reflexão, nunca fiz deles protagonistas. São, isso sim, uma espécie de guionistas, de carácter reservado; não se passeiam em cena, permanecendo antes confortavelmente nos bastidores. 

E pergunto-me eu, se os meus filhos têm esta postura porque os resguardei, ou se é da sua natureza esta reserva.
Ou, se antes os tivesse colocado debaixo dos holofotes, eles se pavoneariam com a mesma naturalidade com que agora reclamam privacidade?  

* E esta história bem merecia ser publicada e divulgada; mas como segredo é segredo, só vos posso dizer: temos activista! 

terça-feira, 19 de maio de 2015

Pais Competitivos

Tenho andado a pensar nos alunos do 4º e 6º anos que se submetem a exames, esta semana.
Para além da pressão que o próprio nome provoca, de serem demasiado novos para semelhante avaliação, as polémicas que se geram, devido a supostas matérias dadas, que não foram e constam do exame, há ainda uma grande pressão pela parte dos pais.

Conhecem de cor as notas dos colegas dos filhos, e ainda que os seus obtenham notas de excelência, a satisfação só é apaziguada quando ficam à frente dos outros. Nada conta, excepto ser o melhor. 

Frequentemente, estes pais quando alunos ficaram aquém das notas dos filhos, mas agora exigem-lhes o que não exigiram deles próprios.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Insubmissa me confesso


Via

Em defesa do Património cultural.

É incorrecto que a aplicação do AO.90 seja obrigatória a partir de 13 de Maio deste ano; em abono da verdade, a data é 22 de Setembro de 2016.

Também eu continuarei a escrever em Português

quarta-feira, 13 de maio de 2015

A Escola é a Nova Fábrica

Já por aqui falei diversas vezes sobre a carga escolar excessiva das nossas crianças. Entre horas curriculares, extracurriculares e trabalhos para casa, parece mal sobrar tempo aos pequenos para se alimentarem, banharem e dormirem. Quanto mais para brincarem!

Comigo fazem coro muitos pais, indignados por esta ditadura da Educação, mas a outra quota, aquela que faz parte da máquina gigantesca que mantém este sistema a funcionar, a quem este sistema até dá jeito por variadíssimas razões, permanece surda, indiferente a protestos e indignações. 

Vem agora este "estudo", afirmando que as crianças do 1º ciclo trabalham mais do que os adultos, causar pasmo pela descoberta. Pode ser que sendo notícia as pessoas olhem para a questão com olhos de ver. Muitos pais, e muitos adultos, acham que o tempo que as crianças passam  na escola não é nada demais, por ser entremeado com muita brincadeira. Vão aprendendo sem pressas, entre muitos recreios e pausas de ócio dentro da própria sala de aulas. 
Perguntem então aos professores, que têm quase 1000 metas para cumprir, no primeiro ciclo, se a escola é uma brincadeira. E como as horas de trabalho na escola são insuficientes, dão-lhes horas extraordinárias, para fazer em casa. É que há exames para fazer, ah pois!

Espantam-se muito, e dizem-se preocupados, com o número de crianças diagnosticadas como hiperactivas. Como não seriam? Frustradas dentro das salas de aula, dentro das escolas, e dentro de casa, onde mais não fazem senão o que lhes é imposto, a bem da higiene, da saúde e da educação?

Pegassem nelas depois da escola, e as levassem para o jardim ou parque mais próximo, dando-lhes bolas, raquetes e bicicletas, e as incitassem a correr, a saltar e dar cambalhotas. E as levassem depois para casa, sujas e descabeladas, mas exaustas e felizes, que a taxa de hiperactividade desceria a pique. "Brincar é como respirar", mas falta-lhes essa bolha de oxigénio. 

O que os especialistas dizem não faz jus ao que fazem. Fala-se tanto dos direitos das crianças, do direito à infância, do direito a isto e aquilo, e no fim de contas mais não fazem senão do que lhes sonegar o direito básico de serem crianças. De terem esse tempo para crescerem e aprenderem, sendo que brincar também é aprender.

E vão de arrasto as famílias, ignorando dias de festa, aniversários e Dia da Mãe porque os filhos, de 7 e 9 anos têm testes e exames para fazer. Fica em suspenso a vida social e familiar porque os meninos têm que estudar - "Tem teste amanhã!"

Sou do tempo em que a escola só funcionava de manhã, ou de tarde. As minhas tardes eram para fazer os t.p.c's e sobretudo para brincar. Inglês, aprendi apenas a partir do 7º ano, na escola pública, e falo-o fluentemente. 
Olhando para trás assumo a sortuda que fui, tive uma verdadeira infância, com tempo para tudo. 

Receio muito que esta geração, triturada pelo sistema educativo, venha a pagar bem caro todas estas mudanças, projectos pilotos, e "melhorias" na Educação. Mas em última instância, a factura não deixará de ser paga pela sociedade em geral. Por isso mesmo esta situação nos concerne a todos e não deveria deixar ninguém indiferente.  

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Criopreservação das Celulas Estaminais do Cordão Umbilical - Campanha da Cytothera

Cytothera

Quando os meus filhos nasceram ainda não se falava de criopreservação das células estaminais do cordão umbilical. Veio pouco depois. 
Recordo-me perfeitamente de quando este serviço surgiu, em 2003, me ter sentido pesarosa por já não ter oportunidade de o usufruir, mas também entusiasmada pelos outros pais que teriam mais esta segurança. Todos os pais querem o melhor para os seus filhos, e quando se trata do quesito "saúde", fazemos tudo o que está ao nosso alcance. 
A campanha do 10º aniversário da Cytothera dá presentes, ora vejam lá como este serviço se torna ainda mais aliciante.
  
O transplante de células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical é hoje utilizado para o tratamento de mais de 80 doenças e por isso é importante analisar, investigar e estar atento às vantagens da criopreservação.

A Cytothera foi a primeira empresa em Portugal a lançar o serviço de criopreservação de células estaminais do tecido, celebrando este ano o seu 10º Aniversário. Escolher a Cytothera é escolher um serviço feito a pensar na família:

- Cobertura de aplicação terapêutica – comparticipação das despesas até 20.000€, em caso de utilização das células pelo próprio ou núcleo familiar restrito;

- Convite a todos os pais para visitar as instalações, conhecer a equipa Cytothera e assistir a todo o processo;

- Simplicidade e comodidade (adesão ao serviço pode ser feita por telefonema);

- Gestor responsável pelo acompanhamento e gestão personalizada de todo o processo;

- Kit Cytothera devidamente equipado com bolsas de frio, não necessitando de refrigeração antes ou depois do parto, permitindo manter a qualidade das células até ao seu processamento.

Para além de todas estas vantagens, a Cytothera detém a patente do método de isolamento de células, que permite que em caso de necessidade de aplicação das células estaminais numa operação, estas estejam “prontas a utilizar” no momento de necessidade.

A Cytothera quer celebrar o seu 10º Aniversário com os futuros papás babados que acompanham o Mãe... e muito mais,  através da oferta do kit de Cytothera + 30% nos serviços de criopreservação + cabaz de produtos. Para usufruir destas ofertas será necessário apresentar o seguinte voucher no acto da compra do serviço:



sexta-feira, 8 de maio de 2015

Quinoa Enchillada #Vegetariana


Os meus filhos ainda não reagem às refeições vegetarianas com total naturalidade. Observam as travessas com esgares que tentam controlar, mas que denunciam desconfiança. - Ui, que será isto?! Pensam eles. Portanto, sempre que apresento um prato que lhes arranca comentários de admiração, ou um simples mas convicto:"hummm...!", o meu coração dança!

Foi o caso. 

Quinoa enchillada*
Ingredientes: 
1 chávena de quinoa
uma lata de molho de enchillada**
meia chávena de pimentos pequenos
uma chávena de milho de lata 
uma chávena de feijão preto de conserva, escorrido 
2 colheres de sopa de folhas de coentros picados 
1/2 colher de chá de cominhos 
1/2 colher de chá de pimenta em pó
sal a gosto 
3/4 chávena de queijo cheddar ralado
3/4 chávena de queijo mozzarella ralado
1 abacate,descascado e cortado em cubos
Um tomate aos cubos

Como fazer:  
Lavar bem a quinoa, e coze-la numa panela grande, em duas chávenas de água, cerca de 20 minutos. Reservar.
Preaqueça o forno a 375 graus F. Numa tigela grande, misture a quinoa, o molho enchillada, os pimentões verdes, o milho, o feijão preto, os coentros, os cominhos e pimenta em pó; tempere com sal a gosto. Juntar metade do cheddar e mozzarella. Espalhe a mistura da quinoa numa assadeira untada de óleo. Cubra com os queijos restantes. Coloque no forno e asse até borbulhar e os queijos derreteram, cerca de 15 minutos.
    
 
Sirva imediatamente, decorado com abacate e tomate. 



*Receita retirada e adaptada do Damn Delicious
** Receita da enchillada do Damn Delicious

terça-feira, 5 de maio de 2015

O que andam eles a fazer com o telemóvel?

Manter os computadores em áreas da casa comuns, sempre me pareceu uma boa dica para controlar o que as crianças vêm e jogam. Porém, com os tablets e os smarthphones, permitindo o acesso à internet, essa estratégia deixou de ter tanta importância. 
Em qualquer canto da casa se sentam, escrevem, tiram fotos, escolhem emoticons e enviam. E como os aparelhos lhes estão praticamente colados às mãos, esta actividade tornou-se corriqueira. Enquanto pais, acho que já nem damos conta dos sons que os telemóveis emitem com a chegada de mais uma mensagem. Mas eles sim, apressando-se a responder à ultima solicitação.

Quero acreditar que na maior parte das vezes não passa de conversa inconsequente, contudo as modas cibernéticas estão em permanente mutação, e por isso o nosso radar de alerta deve estar sempre ligado. 
Por exemplo, "sexting" é uma nova moda  que parece estar a popularizar-se entre os adolescentes. Formada por "sex+ting" ( sexo+envio de texto) consiste em escrever sobre sexo, incluindo imagens. Uma forma dos adolescentes namorarem, ou seduzirem, empurrando os limites numa atitude típica da idade. O que frequentemente ignoram são as consequências desses actos. Julgando manter "conversas" privadas, os adolescentes cometem o erro de se exporem em poses eróticas, que rapidamente podem ser repassadas para outras pessoas e cair na net, onde poderão ser utilizadas por redes ligadas à pedofilia, por exemplo.  

No entanto, basta as imagens circularem entre os pares, colegas da escola, por regra, para que o adolescente em questão ( parece que o fenómeno é transversal ao género), se torne vitima de bullying. E a vida muda radicalmente, exigindo reparo psicológico e judicial, numa longa caminhada de sofrimento até que a volta à normalidade seja reposta. E será que é, na totalidade? Ficam sempre marcas. 

Portanto, mais do que vigiar, penso que o mais importante seja  conversar com os filhos. Frequentemente. Mostrar-lhes exemplos de quem cometeu esses erros, e fazer-lhes ver as consequências que sofreram.
Se há coisa em que eu acredito na educação, é no diálogo. E digo "diálogo" enfaticamente, porque há quem o confunda com monólogo, e já se sabe que esse discurso é daqueles que entra por um ouvido e sai pelo outro.

Para que a mensagem passe e seja retida, não basta falar uma vez, temos que repetir constantemente. E se por isso nos chamam "chatos" não devemos desanimar; dizem os psicólogos que os "pais chatos" são os que estão a fazer um bom trabalho! 

Fontes:
Uknowkids
Aleteia