quinta-feira, 11 de julho de 2013

Passar férias com outras famílias


Via
Neste tempo de crise, redução de salários e de empregos a tempo parcial e temporários, a preocupação em gerir os rendimentos mensalmente é uma prioridade. Porém, quando chegam as férias, a frustração pode aumentar ainda mais. O número de pessoas que pode permitir-se a partir para férias é a cada ano menor.
Ninguém merece. Porque todos necessitamos realmente de uns dias de férias. Acredito que podemos encontrar algumas estratégias para contornar o orçamento mensal, e conseguir desfrutar de alguns dias de férias. A proposta que deixo hoje é a partilha de espaço com outra família.

Arrendar uma casa ou apartamento maior que albergue duas famílias sai normalmente mais económico, do que arrendar apenas uma casa com menos assoalhadas. Podemos também permitirmo-nos a alguns "luxos", como ter piscina, porque a dividir os custos já se torna mais razoável.

Há quem não seja adepto de partilhar casa logo à partida, porque não querem abdicar da privacidade. No entanto, há outros aspectos a considerar que podem muito bem superar esse contra. Para essas pessoas, posso afirmar, como alguém que já teve a experiência de partilhar casa em férias, que o quesito "privacidade" é relativo e contornável, e que no fim de contas, as crianças adoram aquele ajuntamento de pessoas, que sai da rotina.

Os nossos filhos continuam a falar da casa de Madrid e da de Paris, referindo-se à experiência da vida em comunidade. Da partilha de quartos, das brincadeiras, da mesa repleta de pessoas, etc. E terminam sempre, reformulando o desejo de voltar a repetir férias deste género.

Com outra família a possibilidade dos programas serem mais imprevisíveis aumenta, porque cada família tem a sua dinâmica. Essa quebra da rotina é uma surpresa boa, para quem de antemão já espera o habitual. Há sempre um acrescento de conhecimentos, de dicas, de sugestões que de outro modo não teríamos.

Com certeza que por vezes também há interesses diferentes que podem originar conflitos, todavia nada que em conversa não se resolva, e que uns façam um determinado programa e outros não. Que uns durmam até mais tarde. Que outros prefiram a piscina em vez da praia. Conciliam-se sempre os interesses havendo respeito pela individualidade de cada um. Como diz o ditado "amigo não empata amigo". Mas ajuda a pagar as contas!

Até breve!