terça-feira, 9 de abril de 2013

Tenho um filho adolescente!


Disse a flor para o pequeno príncipe: é preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas.
Antoine de Saint-Exupéry
Agora é oficial, o Duarte faz 12 anos hoje, e assim entra na adolescência até aos 18 anos.      
.....  Pausa para mim mesma; preciso assimilar esta informação que eu própria estou a redigir ....

Recentemente, li uma frase que dizia algo semelhante a isto: " No princípio vemos dedadas pequeninas, depois maiores. E depois desaparecem."

As dedadas marcam paredes, cadeiras, mesas, toalhas, e irritam-nos por vermos tudo sujo.

Brinquedos espalhados pela casa, objectos inesperados como um carrinho na gaveta das toalhas, revistas e capas de c.d. babados.
Porém, apenas vemos desarrumação.

Livros misturados com jogos, peças de Lego soltas e uma chupeta pelo meio.
E somente vemos desorganização.

As marcas de mãos minúscula nas paredes, junto aos degraus, fazendo um corrimão...
E só vemos sujidade.
Mas são esses sinais passageiros que denunciam a alegria de ter uma criança em casa. A evolução e crescimento dessa criança. No entanto, na ocasião, vemos apenas aquilo que é evidente.

Estas coisas vão desaparecendo. Uma a uma. Um dia, acordamos e não há mais nada. Passou. Um tempo que acabou, uma infância que terminou.

Entretanto, vamos descobrindo que novas coisas acontecem, sinais diferentes surgem pela casa, pelas paredes. Que a vida é assim mesmo. E que devemos desfrutar de tudo o que a vida nos traz. Mas...

Não é fácil, acordar um dia sem dedadas minúsculas na parede.

Até breve!