sexta-feira, 24 de junho de 2011

Passeio pelo Mosteiro de S.Martinho de Tibães

Fica somente a 6 kms de Braga, mas aconselho uso de GPS. A sinalização a partir de Braga é péssima, coisa que não se compreende, dada a importância deste monumento. Porque apesar da aventura que é encontrar o Mosteiro, vale muito a pena!

Um pouco de história: Antiga casa-mãe da congregação portuguesa beneditina, foi fundado no século X, tornando-se graças ao apoio real no mais próspero e poderoso mosteiro do norte de Portugal.
“Com o Movimento da Reforma e o fim da crise religiosa dos séculos XIV a XVI, o Mosteiro de S. Martinho de Tibães assiste à fundação da Congregação de S. Bento de Portugal e do Brasil, torna-se Casa Mãe de todos os mosteiros beneditinos e centro difusor de culturas e estéticas. A importância do Mosteiro de Tibães mede-se, também, pelo papel que desempenhou como autêntico "estaleiro-escola"…”
“Com a extinção das ordens religiosas em Portugal, em 1833-1834, é encerrado e os seus bens, móveis e imóveis, começados a vender em hasta pública…”
Foi adquirido pelo Estado Português em 1986, e tem estado desde então em renovação.

Esta é a sua história sumária; na minha versão, nota-se que foi um Mosteiro muito rico, de enormes dimensões, que teve uma importância vital para as populações circundantes, que aliás pertenciam ao couto do Mosteiro, e lhe pagavam os impostos.
Gostei sobretudo do coro alto, pela visibilidade que fornece sobre a igreja, pelo enorme  suporte onde estão grandes livros de cânticos manuscritos. Também gostei imenso dos claustros, não sei porquê, mas tenho um fraquinho por claustros.
A galeria de quadros, dos ilustres que contaram na história do mosteiro é impressionante; também lá consta D.Sebastião.
As crianças gostaram sobretudo das celas dos monges, algumas ficavam numa espécie de forrinhos, com portas minúsculas,  indiciando passagens secretas. A algumas tínhamos acesso por escadas em caracol com degraus mínimos, ao que subi-los era por si só uma aventura perigosa. Também gostaram das latrinas colectivas em madeira, adornadas com pintura e talha, que acharam... “excêntricas”.

Dado que o restauro ainda está em andamento, a minha preocupação com a firmeza da madeira dos soalhos nos quartos impediu as crianças de percorrerem o espaço livremente, mas ainda assim gostaram imenso.
Como tinha chovido e estava a anoitecer não podemos aproveitar o passeio pelos jardins, o que nos dá um motivo para lá voltarmos.

Actualmente o Mosteiro tem restaurante, bem conceituado pelo que ouvi, embora não possa confirmar. Ainda. No entanto, aconselho vivamente o passeio por este Mosteiro antiquíssimo e misterioso, para dias de sol, ou chuva, fins-de-semana e férias. Não nos faltam opções!

Tenha um ótimo fim-de-semana!