terça-feira, 31 de maio de 2011

Presente para o dia Mundial da Criança - Faça você mesma


Quando eu e as minhas irmãs éramos crianças, a minha mãe costumava dar-nos neste dia um chocolate; normalmente era da Regina, quase sempre um guarda-chuva, o nosso preferido.
Nesse tempo só recebíamos chocolate em ocasiões especiais, tipo Natal, Páscoa e no dia Mundial da Criança. E pensando bem, mais não era necessário, pois nem sequer notávamos a falta.
Demais é agora, porque há sempre chocolate em casa e na maior parte das vezes é chocolate oferecido às crianças, pelos familiares.
Portanto, oferecer guloseimas aos meus filhos neste dia, está fora de questão. Então, este ano lembrei-me de lhes oferecer algo especial, diferente e único; inspirada pelos sentimentos que eles me provocam, abre parêntesis: estou a falar apenas dos bons porque sou humana e também fraquejo,mas este não é o momento fecha parêntesis, resolvi fazer-lhes quadros personalizados.
Um para o Duarte.
( Amanhã, quando o Duarte acordar verá o quadro, junto à sua planta carnívora!)
 Outro para a Letícia.


Foi só imprimir, e emoldurar (comprei as molduras na Casa). Já sei que vão gostar imenso, porque os meus filhos saem a mim: adoram declarações de amor, por escrito!
Vou ficar lambuzada, não de chocolates, mas por algo bem melhor: beijinhos! 

Se quiser imprimir faça o pedido por email,  envio-lhe  os documentos com todo o gosto.
Até breve!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

"Em Maio come a velha as cerejas ao borralho"


Um dia  hei-de ir ao Japão. Não sei se será na época das cerejas, para ver as cerejeiras em flor e os inúmeros festivais que aí se celebram, juntando duas coisas que adoro desde sempre: Japão e cerejas, mas um dia, eu vou.

Entretanto, vou-me contentando ( no sentido totalmente literal de contentamento contente), com as cerejas que a nossa terra nos dá. Este passeio a Resende, para o Festival das Cerejas estava calendarizado há muito, porém, com a súbita ameaça de chuva, só na manhã do próprio dia constatamos que o fariamos.

E o que é que o Festival tem? Tem cerejas de várias qualidades tem!
Tem cereja nacional, tem!
Tem cestos feitos à mão, por artesãos, tem!
Tem preços mais baixos, que noutros lados, tem!
Tem cavacas de Resende, tem!
Tem gente verdadeira e simpática, tem!

( Onde é que já ouvi isto?! Refiro-me à melodia, hummm?)

E o que tem que não deveria ter? Tem chuva repentina, tem!
Mas felizmente para nós, só na hora de vir embora, e como estava com esperança que fosse apenas uma nuvem não queria cancelar o piquenique; aliás, recusei-me a tirar os óculos escuros, tal escudo protetor contra as chuvas torrenciais que teimaram em cair! 

O ditado diz que em Maio come a velha as cerejas ao borralho, mas eu acho que as tem comido à sombra, porque tem estado muito calor; porém, para o ditado popular não ficar desactualizado de todo, S.Pedro resolveu pregar-nos esta partida. Borralho não foi preciso, só guarda-chuvas!

Fizemos o piquenique sentados à mesa. Da casa dos nossos amigos. E comemos muitas cerejas. E foi bom!

E você, já foi ao Festival da Cereja em Resende?

Tenha uma ótima semana!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Receita para o fim-de-semana: Torta de cenouras do Joe Carrot

Não conhece, pois não? Realmente não é nenhum chef desses que a blogosfera cultua, mas talvez se perguntar aos seus filhos eles saibam dizer-lhe quem é.

Joe Carrot é a personagem principal da nova coleção de livros que a Letícia está a fazer; acontece que esta tarte é a sua preferida, e logo que ela chegou a esta página veio mostrar-me a receita e dizer-me que a queria fazer.
Ontem ficou agradavelmente fresco, e ganhei coragem para ligar o forno, por isso pude cumprir a promessa. Apesar de ser uma receita coelhesca (como anunciado na página), todos os humanos cá de casa a adoraram! Deliciosa, sem dúvida para repetir!

Clique para ampliar a receita

 Tenha um doce fim-de-semana!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pratos infantis inesquecíveis!

- Até me dá pena comer! Diz o Duarte
Todas as pessoas que cozinham para crianças, irão  certamente compreender-me, quando eu digo que frequentemente me sinto frustrada!

Quem cozinha diariamente sabe que não nada é fácil organizar uma ementa saudável, variada, e que agrade a toda a família; missão impossível, dirão alguns. Porém, eu não me conformo, e tento conciliar estes três critérios. 
Por isso me sinto tão enciumada injustiçada, quando nas raras vezes em que o meu marido fica encarregue de alguma refeição, as crianças elogiam e falam durante dias, semanas, meses, de um almoço simplicíssimo! E até pouco saudável; quer dizer, salsichas e batatas fritas?! Tudo porque o que o pai faz é um boneco de arroz!

Chegou um dia em que decidi utilizar as mesmas armas ( - ai é assim?!), e fazer um cenário com a comida; uma menina para a Letícia, um rapaz para o Duarte, acompanhados de polvos ( bem sei que deveriam ter oito pernas, mas experimentem cortar uma salsicha em oito!), cuja história eles se encarregaram de inventar enquanto comiam!

- A minha menina, tirou o sapato, diz a Letícia!
- O meu, é perneta! Diz o Duarte, mais radical, amputando uma perna de arroz.

Não gosto de utilizar truques baixos, mas também não sou de ferro, ora!

Até breve!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Adoro uma teoria da conspiração!

Mas do que gosto ainda mais, é de questionar e reflectir sobre as notícias que os media nos transmitem; os exemplos da pouca fiabilidade são tantos, lembram-se certamente da famosa gripe A? Ahahahahaha...( desculpem mas não resisti!), tanto barulho para nada!
E dado que eles gostam tanto de nos manipular enganar, temos mesmo que fazer uma triagem, e decidir por nós.

O caso Strauss-Kahn é o último; enquanto nos transmitem a conta gotas as informações, veiculam a culpabilidade do mesmo. E o que me causa mais impressão, é esta satisfação geral que todos sentem por verem uma pessoa ser presa, e falarem já dele como culpado. 

Com certeza este fenómeno deve-se à lei da compensação, uma vez que em Portugal ricos e importantes não são presos, estão até acima da lei (tal como os próprios magistrados- já sabem a última da procuradora alcoolizada?!), portanto, nos E.U. é que é! 

Porém, mesmo lá, todos os suspeitos de crimes são considerados inocentes enquanto não se provar o contrário. Ainda que  tratem os pretensos "inocentes" como culpados, desde o primeiro minuto; incongruências de um sistema jurídico, repleto delas. 

Não que eu esteja a abonar a favor de Strauss-Kahn. Quer dizer, eu nem conheço o senhor; por isso mesmo não acredito na inocência dele, nem desacredito. O mesmo serve para a empregada de quartos.
No entanto, acho estranho que após 19 minutos da hora da tal tentativa de violação, a notícia já estivesse a circular no Twitter.
Também acho estranho que Strauss-Kahn, já no aeroporto, tenha ligado para a segurança do hotel onde se hospedou, a propósito de um telemóvel que lá  terá esquecido, fornecendo assim a sua localização. Quer dizer, um homem em fuga preocupa-se com o telemóvel?! Nem que fosse cravejado a diamantes, afinal trata-se de um homem muito rico!

Por outro lado, acho muito curioso que o porta-voz do partido socialista francês tenha declarado que este episódio talvez fosse uma armadilha, dado que o próprio Strauss-Kahn, lhe terá dito há uns tempos, que temia uma armadilha sexual. 
A que propósito alguém temeria semelhante coisa? Alguém sabendo que esse é o seu ponto fraco?!
Apesar do seu biógrafo ter afirmado que Strauss-Kahn é um homem com "excessiva vitalidade sexual", também não me parece que isso abone contra ele; há casos de pessoas famosas ( Charlie Sheen e Michael Douglas, por ex.), viciadas em sexo e  que tiveram mesmo que se tratar, sem que nunca ninguém os tivesse acusado de assédio sexual!

Como inimigos não faltam aos ricos e poderosos, é bem possível que disso se tratasse. E que inimigos seriam esses? Sei lá...Strauss-Kahn é (era?) um homem que muitos franceses já viam à frente do destino de França, destituindo,  quase de certeza, o já pouco popular Sarkozy. 
Por outro lado, o desespero económico dos americanos também não deixa de ser motivador, passando o norte-americano número dois para número um do FMI. Money, money, money!

Claro que são todos inocentes, até prova em contrário. A começar por Strauss-Kahn. E que vença a verdade!

Tenha uma óptima semana!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Descontrole nas finanças?! Confira as dicas...

 (Imagem)

Hoje não há bolo. Nem pudim, nem sobremesa para o fim-de-semana. O assunto de hoje não tem nada a ver com sobremesas; aliás, suponho que nestes tempos deve ser assunto que tira o apetite a muitas pessoas. Por isso mesmo, quando a Lidiane, do Bicha Fêmea, me convidou para participar de um texto, contribuindo com as minhas dicas, de controle das finanças, aceitei sem hesitar.

Indiquei orientações simples e eficazes  para manter as finanças controladas. 
Eu e o meu marido temos por base nunca gastar mais do que ganhamos, pelo contrário, do que auferimos uma parte é ainda economizada.
Posto isto, não compramos nada a prestações, nem fazemos empréstimos seja para o que for. Os juros que se pagam são altíssimos, é melhor negócio economizar até possuir a quantia certa para comprar a pronto.  Claro que para isso é necessário ter paciência, coisa que atualmente as pessoas não têm, porque vivemos na era do fast! Mas, vale a pena voltar a esse conceito, se não quisermos cair nesse redemoinho infernal de prestações para cartões de crédito, móveis, eletrodomésticos, férias, etc.

Para economizar, as minhas dicas são:
- Comprar só o que realmente necessitamos; quantas das nossas aquisições são motivadas apenas pelo impulso momentâneo?!
- Comprar em mercados, onde adquirimos diretamente ao produtor, ficando mais económico.
- Fazer listas de compras, para o  supermercado, e não "passear" pelos corredores sob pretexto algum. Olhos que não vêm, coração que não sente.

- Comprar roupa e calçado em saldos e promoções. São artigos muito caros, que sobrecarregam bastante o orçamento familiar; adquiridos nestas circunstâncias atenuam os valores e confinam-nos a determinadas épocas do ano. 

Acredito que as dicas das Bichas Fêmeas serão muito úteis e nos poderão ajudar a todos; vamos lá dar uma vista de olhos?

Tenham um excelente fim-de-semana!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Amigos de aluguer

(Bons amigos são difíceis de encontrar, mais difíceis de deixar, e impossíveis de esquecer)
(Link)
Estes dias, ao folhear uma revista feminina, fiquei a saber que existem sites que oferecem amigos; por uma hora, ou três, ou até uma tarde, quem necessitar de amigos para ir ao teatro, lanchar, ou fazer compras pode alugar um.

Fiquei a pensar que tipo de pessoa necessita de alugar um amigo; talvez alguém com problemas de socialização. Talvez alguém com a ideia de que amigos podem ser comprados. Talvez alguém que tem 500 amigos no Facebook?!

Sem dúvida que o conceito de amizade tem sofrido alterações, graças às novas tecnologias; o conceito de amizade já não inclui presença física, nem toque, nem olhos nos olhos. Mesmo na blogosfera amizades nascem e, ou, morrem entre pessoas que nunca se viram. Os laços estabelecem-se mais rapidamente, todavia desfazem-se muito mais facilmente.

Não pensem que sou cética a ponto de não acreditar em amizades virtuais; eu sou do tempo em que a correspondência era um passatempo que começava na adolescência. Por conseguinte sei que as amizades podem ser construídas à distância. E podem ser verdadeiras, e duradouras. Contudo também penso que são muito raras, porque, tal como no amor, para que a amizade exista duas pessoas têm que querer.

Não acredito em relações unilaterais, seja no amor, seja na amizade; não sou uma alma evoluída tipo Madre Teresa, com todo o respeito e admiração que me merece, para estar numa relação em que dou, dou, dou! 
Também não estou no outro extremo, em que dou cinquenta esperando receber outros cinquenta, ou mesmo cem, não preciso, e não faço, essas matemáticas; mas esse tipo de relacionamento unilateral parece-me parasitário, e acho mais justo o simbiótico. 

Eu avisei…não sou uma alma evoluída, a esse ponto. E acho que precisarei de mais vidas para aceitar ficar nessa posição conscientemente.
Amizade para mim é bilateral. 

Até breve!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Problemas de adultos não são problemas de crianças

 

A crise, a recessão, a Troika, e a promessa de dias ainda mais negros do que os que vivemos atualmente estão na ordem do dia. Na televisão não se fala de outro assunto, nos jornais idem, e nas bocas de todos, igualmente. 

 Somos bombardeados com informações de números arrasadores, seja de défice, seja da dívida pública, seja de juros, seja de prazos. As coisas estão realmente más, e é justificadamente preocupante, sobretudo quando a promessa não é de dias melhores. 

Um desses números que impressiona é o número de compatriotas que estão a deixar Portugal, em busca de emprego, e de vida melhor, noutros países, sobretudo da Europa. O maior êxodo de emigração desde há cerca de cem anos. Outro número impressionante: a cada hora que passa emigra um licenciado português. 

Portanto, ainda que não falemos destes assuntos com as crianças, elas acabam por ouvir as nossas conversas transversais. Além disso, há na escola  coleguinhas que têm o pai a trabalhar na Holanda, ou na Finlândia; ou ainda coleguinhas que vão deixar a escola, no final no ano letivo porque vão emigrar com a família.

Estes dias, o meu filho perguntou-me, de supetão:
-Mãe, também vamos ter que ir viver para outro país?
Conversando com ele, acerca do assunto, constatei que realmente estava preocupado com essa possibilidade. Tranquilizei-o, dizendo que não, e explicando sobre uma série de fatores que levam as pessoas a procurar emprego no estrangeiro. 

No dia seguinte, conversando com um amiguinho do meu filho, também ele expressou preocupação, indo mais longe, ao dizer: - Estou mesmo preocupado com o futuro; tenho medo de não ter emprego, quando for adulto. 
Ele é um aluno brilhante, creio que o futuro dele será promissor; mas voltei a ter a mesma conversa que tivera com o meu filho, e desdramatizei a situação.

Na realidade não podemos prometer nada de bom, nem jurar nada aos nossos filhos, mas acredito que se isso os tranquiliza é o que devemos fazer.
Os problemas estão aí para serem encarados, e solucionados por nós, adultos. E embora eu não seja apologista de criar as crianças numa redoma, há um limite até onde devemos ir. E esse limite é ensinar a apreciar, a sentirem-se gratos pela casa, pela comida, pela roupa, enfim por tudo o que têm. É ensinar a não desperdiçar. É ensinar a ser solidário, lembrando que há quem não tenha e que devemos dividir.  

Assustar, dividindo com as crianças as nossas inquietações, já está para lá do limite. Porque afinal, elas são apenas…crianças, e devemos resguardar a infância delas, a fim de os ajudarmos a construir personalidades fortes, para que um dia enfrentem o futuro com a segurança e confiança que uma infância feliz lhes proporcionou. É mesmo o que eu penso.

Tenha uma ótima semana!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Receita para o fim-de-semana: Pão-de-Ló de Laranja e Coco

Tirei a receita do blogue “Cozinha é poesia”; ao pegar no link para colocar aqui vi que está aberto apenas para convidados; espero que seja transitório, e volte a ficar público, pois é ótimo, e seria uma pena.

Receita fácil e saborosa; rende um bolo enooooorme! Bom para festas, e lanches familiares. Ou para um fim de semana completo: lanche e pequeno-almoço, lanche e pequeno-almoço...!

Pão-de-ló de laranja e coco
Ingredientes:
5 Ovos
1 Chávena de chá de açúcar
½     “               “ de sumo de laranja
3    “                “ de farinha

Como fazer:
Bater os ovos com o açúcar, 10 a 15 minutos. Acrescentar a farinha, intercalando com o sumo de laranja. Vai ao forno em forma forrada com papel vegetal ( enfarinhei e untei a forma e resultou lindamente), a 180º, cerca de 20 a 30 minutos. Não deixar cozer demasiado.

Calda:
2 chávenas de sumo de laranja ( pus uma e meia)
6 a 8 colheres de sopa de açúcar
50 gr de coco

Como fazer:
Levar os líquidos a lume brando, deixar ferver alguns minutos. Deixar esfriar e regar o bolo, já picado com um palito, com esta calda. Polvilhar com coco. Cortar aos quadrados e comer com apetite!

Tenha um doce fim-de-semana!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Portugal na Eurovisão


Há anos que eu digo que Portugal não deveria mandar candidatos para a Eurovisão; a primeira razão era o fracasso ano após ano, dos nossos representantes. Eu até poderia pensar que o resultado seria merecido, e muitas vezes foi, não fossem os candidatos vitoriosos invariavelmente os mesmos. Mas nós sabemos que por detrás da votação estão outras questões, como a geografia, a predominância da cultura e a política.

Dado que só temos os espanhóis como vizinhos, - Gracias hermanos, e o mar não vota, já estamos em desvantagem!
Como não exportamos hits para as tabelas de mundiais, nem falamos inglês, já temos a desvantagem ao quadrado!
E a política? Cof, cof….!

Avante. A minha segunda razão para não enviarmos candidatos era económica; nunca li em lado algum quanto nos custa, esta desaventura, mas imagino a catrefada de gente que viaja nesta comitiva, provocando uma despesa assustadora. Atualmente muito mais pertinente seria a questão.

Porém, nunca como antes ouvi pessoas a concordar comigo que não deveríamos ir à Eurovisão! Isto porque este ano escolhemos ( sim, alguém escolheu!) o Jel; “que vergonha”, “que palhaçada”, “vamos ser a risota da Europa”.

Pois eu cá por mim, acho que a palhaçada já está estabelecida, com um concurso sem critérios sérios e descomprometidos. Aliás, este ano estão com sorte, até lhes enviamos uns palhaços à altura.
A vergonha está nos candidatos, croatas, finlandeses, georgianos, etc, todos a cantarem em inglês, rejeitando as suas línguas. Exceto os portugueses, que cantaram na nossa língua. Good for you!

Este ano, acho que o Festival da Canção renasceu das cinzas. Pelo menos para mim, que não o via há anos! E não tenciono voltar a ver, muito menos no próximo sábado.
E como disse o próprio Jel: O último lugar já ninguém nos tira!

Até breve!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A Cabana

Não gosto de livros que estejam no top dos mais vendidos. Nem de livros escritos por autores de best-sellers consecutivos. Nem sequer de livros que toda a gente esteja a ler. Preconceito? Talvez, mas é mesmo assim. Por isso, quando há cerca de um ou dois anos, todos andavam a ler A Cabana, o meu interesse esmoreceu. Contudo, como a opinião geral era consensual, como sendo um bom livro, acabei por lê-lo. Quando já ninguém mais o fazia, claro.

Para variar das opiniões gerais, não gostei do livro.
Aviso: se ainda não leu A Cabana, mas pretende fazê-lo, salte o próximo parágrafo, para não estragar a surpresa do argumento.

Tudo acontece quando Mack, pai de 3 crianças pequenas, vai acampar num fim-de-semana, com os filhos. Enquanto ele socorria os dois filhos mais velhos que tinham caído da canoa no lago, a filhinha mais nova era raptada. Sendo quase de seguida assassinada por um serial killer.
A família tenta sobreviver a esta tragédia, cada um à sua maneira, mas Mack estava a tornar-se na sombra de um ser humano. Então, recebe um bilhete de Deus, convidando-o a encontrar-se com Ele, na tal cabana, onde a filhinha tinha sido assassinada. Ele vai, e entra numa outra dimensão, deparando-se aí com a Santíssima Trindade; Deus, como uma mulher negra, Jesus, como ele próprio tal como o conhecemos imaginamos,  e o Espírito Santo na forma de uma mulher etérea asiática.
Nesse fim-de-semana, Mack, espanta-se, conversa, questiona, chora, revolta-se, aprende e conforma-se. Ou aceita.

Porque é que não gostei? Primeiro, porque achei a concepção de Deus e da Santíssima Trindade muito pessoal. Não me identifiquei. Não empatizei. Acho que cada um de nós tem uma ideia, sobre essa inteligência superior a que chamamos Deus, e a minha não é essa. Um Deus que cozinha? Que ideia tão...terrena! Que cozinha carne?! Anedota de mau gosto. Deus criado à nossa imagem é no mínimo, algo controverso. Para não dizer perverso.

Segundo, porque acho muito primário que se atribua a responsabilidade a Deus, de tudo o que de mal acontece no mundo, de tudo o que de ruim nos acontece. Nós temos livre arbítrio, que nos serve os propósitos quando as coisas correm bem, mas tendemos a responsabilizar Deus quando as coisas correm para o torto. Básico.

Terceiro, porque não aprendi nada com este livro. Não achei que o tempo gasto na sua leitura fosse de alguma forma profícuo. Só levei a leitura até ao final porque sou uma leitora obstinada, e muito raramente abandono um livro. Exceto quando é mesmo intragável, o que também não é o caso.

Portanto, se alguém me quiser dizer porque gostou do livro, vou adorar saber; pode ser que alguma coisa me tenha escapado, não é?!

Tenha uma ótima semana!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Receita para fim-de-semana: Pudim de Leite Condensado

Pudim de leite condensado sempre me pareceu delicioso, mas invariavelmente tornava-se dececionante! Ficava com aqueles furinhos, aparentando pouca consistência e monstrando-se até desagradavelmente líquido. Sabe do que falo? Esqueça, porque esta receita vai ser a salvação para os apreciadores de leite condensado!

Este é o melhor pudim de leite condensado ever! Tirei a receita do saudoso e extinto Rainhas do Lar, a bom tempo. Não há quem resista, garanto!

Pudim de Leite Condensado

Ingredientes:
- Duas latas de leite condensado
- Dois dl de leite meio-gordo
- 3 Ovos
- Um pacote de natas (creme de leite)
- Uma colher (sopa) de Maizena

Como fazer:
Faça o caramelo para forrar a forma de pudim: 220 gr de açúcar com 6 colheres de sopa de água. Ou compre feito.
Colocar na liquidificadora os ingredientes, pela ordem mencionada; bater cerca de 3 minutos. Fica igualmente bem na batedeira dos bolos. Verter para a forma caramelizada e levar ao forno a cozer, em banho-maria, sem tampa, cerca de 40 minutos (ou teste do palito). Deixe arrefecer, desenforme sem drama e faça a festa convidando os amigos, porque este é daqueles pudins que rende!
 (A medalha foi colocada por sugestão da Letícia, que afirma ser este o seu pudim preferido!)

Tenha um doce fim-de-semana!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Odor de gente, ou de detergente?!

Há perfume para casa, para a roupa, para o carro e para as pessoas. Não duvido que também exista perfume para os animais de estimação, se existem roupas. E coleiras com pedras preciosas. Coitadinhos. O ser humano gosta de ambientes perfumados, e faz de tudo para camuflar os maus cheiros, e até aqueles que não sendo maus, são apenas naturais, como o cheiro da própria pele.

Não é de agora;  sabemos que em culturas longínquas no tempo, como a egípcia, as classes mais abastadas já  usavam o perfume, isto em 3.000 a.c. . Eram feitos à base de óleos de flores, completamente naturais. Em 1370 foi feito o primeiro perfume alcoólico, para a rainha Elizabeth da Hungria, mas nem isso o tornou acessível a todas as classes; continuou a ser um produto refinado, destinado às elites. Ainda no sec. XX a situação se mantinha, e a maioria da população que poderia dar-se ao luxo de se perfumar fazia-o com água de colónia, um produto muito mais económico.

Contudo, o perfume por excelência era "o francês", ainda inacessível a quase todas as camadas sociais. Eram adquiridos nas raras boutiques ou perfumarias que os disponibilizavam, ou comprados pelas poucas senhoras que viajavam para fora do país. Nessa época uma senhora podia passar toda a sua vida a usar a mesma marca de perfume; essa era a sua marca. Esse aroma identificava-a, junto de familiares e amigos. Era o seu perfume!

Entretanto, a alta perfumaria começou a produzir massivamente, os preços tornaram-se competitivos, o poder de compra cresceu, o que resultou num negócio que gera milhões de euros e numa população emperfumadíssima. 

Acreditem, não tenho nada contra os bons cheiros, porém, frequentemente acho que é um abuso! Algumas pessoas parecem despejar um frasco de cada vez que põem perfume, de forma que deixam um rasto atrás delas, enjoativo e sufocante. No ano passado, quando levava as crianças à escola a pé, costumávamos apanhar um perfumado destes; invariavelmente o ultrapassávamos rapidamente ou mudávamos de passeio. Isto ao ar livre, porque imaginem entrar com alguém assim num elevador. Ou ficar numa sala de espera onde não cheira a mais nada, exceto o perfume "daquela pessoa".

Há dias a Letícia falou-me que um coleguinha " não tinha cheiro"; achei a afirmação inusitada e conversei com ela a respeito do assunto. Concluí que todos os coleguinhas têm cheiro, porque põem perfume, ou a roupa tem cheiro. Referia-se ao amaciador, o que não me deixou de todo espantada, porque já tinha constatado que a maioria das pessoas abusa do detergente e amaciador para a roupa.

Dizem os especialistas que todos temos um "odor" pessoal, e que frequentemente é esse odor que atrai, ou  repele os nossos companheiros. Ignoro se os perfumes que usamos camuflam o nosso odor e nos levam ao erro, nas nossas apreciações. Mas uma coisa é certa, se eu não gostar do perfume que a pessoa escolheu, certamente também não vou gostar do seu odor pessoal!

Na minha opinião, o perfume deve ser colocado por detrás do pescoço, no peito e nos pulsos; onde permanece mais tempo, e onde em contacto com a nossa pele vai adquirir propriedades únicas. Nunca na roupa, que pode estragar, e onde se adultera. A quantidade deve ser a suficiente para que  seja sentido apenas por quem se aproxima realmente muito de nós.
Eu tenho um perfume mais leve para o tempo quente, e um mais profundo para o tempo fresco. Não sendo fiel como as senhoras de outrora, gosto de dar tempo a mim, e a quem me rodeia para me  identificar com um cheiro. Gosto quando os meus filhos me abraçam, e dizem: - Cheiras tão bem, mãe!

Ironicamente, desde que estou em casa uso muito mais perfume; se sair de casa muito cedo, e andar de carro ou transporte público, não posso usar perfume, porque me enjoa imenso. Não sendo o caso, cheiro a 5th Avenue de Elizabeth Arden. Só para mim, e para os meus!

Até breve!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Um mês para casar, onze para divorciar


Há uns anos atrás maio era um dos meses mais populares no que dizia respeito a casamentos. Desconheço o real motivo concretamente; mas posso imaginar que fosse devido ao tempo primaveril favorável; aos dias com maior luminosidade; à abundância de flores e até ao próprio significado auspicioso da estação – quando tudo renasce na natureza é mais fácil acreditar que a união de dois seres será abençoada na construção de uma nova vida.

Entretanto deixou de ser assim, e a escolha do mês para casar tem-se estendido aos outros meses, sobretudo aos da primavera e verão. Embora o número de casamentos em Portugal tenha baixado substancialmente nos últimos anos, creio que os portugueses ainda continuam a acreditar no casamento, pois continuam a casar, com uma taxa comparativamente alta, à dos nossos congéneres europeus. Infelizmente o aumento de divórcios tem crescido incomparavelmente; um em cada quatro casamentos termina em divórcio, sendo que em 2010, tivemos setenta e dois divórcios por dia.

Creio que alheio a este fato não está a ideia da sacralidade do matrimónio, que simplesmente se foi diluindo com a laicidade do Estado, e falta das práticas religiosas com a vulgar posição do “católico não praticante”. Creio porém, que o insucesso do casamento se deve igualmente a alguns fatores culturais das sociedades ditas modernas, como por exemplo a falta de empenho, a preguiça mental, e a intolerância.

Divulgou-se esta ideia do direito à felicidade como dado adquirido, e que se os relacionamentos não funcionam, as pessoas se devem simplesmente desvincular; desistir para não perder mais tempo.
A noção de que a vida passa rápido e não temos tempo a perder também acelerou o processo de resiliência; desistir para reincidir.
A nossa ideia de tolerância foi também minimizada, tomando-lhe o lugar a inflexibilidade; ceder é visto como fraqueza de personalidade.
E por último, o grande monstro do egoísmo, produto das sociedades evoluídas, cuja materialização se faz através do “eu”, em detrimento do “nós”.

Não que eu julgue ter descoberto a “chave” para um casamento feliz, até porque o matrimónio é um relacionamento que deve ser sempre cuidado, porém acredito que existem alguns fatores que ajudam no sucesso. São eles:

Tempo; o casal necessita tempo para conversar, passear, praticar alguma atividade comum aos dois.
Tolerância; cada um deve aprender a aceitar o outro tal como é, porque por muito que tenhamos em comum, seremos sempre diferentes nalguma coisa. Nem por isso um é melhor do que o outro, unicamente diferente. Isto implica ceder, agora um, mais tarde o outro.
Elogio; frequentemente achamos mais fácil criticar do que elogiar. Valorizar o que o outro tem de bom expressando-o por palavras (porque o pensamento é mudo) deve ser prática diária. E não economizar neste quesito!
Resiliência; desistir deveria ser uma palavra muito rara no vocabulário da conjugalidade. O relacionamento entre duas pessoas não se constrói de um dia para o outro, cada dia é uma conquista, um tijolo que se coloca nessa construção grandiosa, que é a família.

Não tenho o arrojo de dizer que em quatro passos o casamento está garantido, até porque o amor ainda nem foi mencionado e ele é a base, o princípio criador da relação. Todavia penso que para começar basicamente é isto. E tenho para mim, que cada leitor terá a sua própria chave a acrescentar. Desde que sejamos felizes. Porque é só disso que se trata!

Até breve!