quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Dia do Desabafo

Vi sobre o Dia do Desabafo num programa da tv, eu avisei...; segundo compreendi, porque vi apenas uns minutos, uma equipa vai a uma escola secundária e organiza uma reunião, em que os alunos falam dos seus sentimentos, anseios e preocupações. No fim, todos concluem que apesar das diferenças aparentes,  são mais semelhantes do que pensam, e as suas mentes abrem-se para uma maior tolerância e aceitação, do outro.

Pareceu-me uma excelente ideia, esta do desabafo.  E vou aproveitá-la, quero desabafar sobre os C.T.T. . Sim, estou a falar dos Correios portugueses, não que me tenham perdido alguma coisa, nem danificado correspondência, mas porque  de há uns dois anos para cá, ir a uma estação de correios é um desespero. As filas são sempre enormes, o que no início me parecia incompreensível, afinal quem vai ao Correio, ainda?! Para além de mim? Bem, os reformados, porque nesta terra ainda se levantam as reformas no Correio, será seguro falar disto aqui?! É melhor disfarçar, Reformas pequenas, minúsculas, mas como são pagas em notas de 1€, os envelopes parecem gordos,  é uma miséria  realmente o que aquelas pessoas recebem, nas grandes filas dos Correios.

Depois comecei a aperceber-me que as filas não se despachavam rapidamente, e pensei: - Estão a contar as notas, as tais de 1€, e assinar...Mas não,  de facto, o que provoca a lentidão nessas filas de espera, que não andam nem desandam, são as propostas de vendas, e por vezes vendas efectivas, de artigos que nem deveriam estar nos Correios, tipo livros, c.d.'s, jogos, porta-chaves, etc, etc.

Vai uma pessoa lá comprar um selo, e impingem-lhe um livro de 25€! Não? Então e que tal um dvd de desenhos animados para os netinhos? E estamos nisto. Um dia, já impaciente, respondi ao funcionário:
- Canudo, qualquer dia vocês têm aqui à venda, roupas e calçado!
- E queijo e fiambre! Respondeu-me ele muito sério, o que nos provocou umas gargalhadas inesperadas.

Efectivamente, os funcionários estão apenas a desempenhar a função deles; a tentar vender os produtos, que algum iluminado se lembrou que se poderiam vender bem, quando os clientes são reféns do balcão, e arrecadar assim mais uns milhares de euros nos cofres dos C.T.T. . Como se os lucros anuais já não fossem absurdamente altos.

Palavra que compreendo a pressão a que os funcionários estarão sujeitos; talvez até tenham objectivos de vendas, mas não tenho paciência, nem tempo para esse tipo de atendimento. Livros? Compro nas livrarias, pulseiras na Parfois, no Correio só quero comprar selos, e despachar encomendas. E não, não quero Correio Azul, nem registado, obrigada; que insistência! Será assim algo tão excêntrico?!

Pronto, desabafei! Quer desabafar? Aproveite o dia, a temática é sua!

Até breve!