segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Esclarecimento - Am back!

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Como diz o ditado "Mais vale ser desejado do que aborrecido" e foi assim que me senti, com os emails a cobrarem a minha presença na blogosfera; não, não fechei o blogue, como podem ver, nem o privatizei, quando tiver necessidade disso volto a escrever no meu velho diário de papel. O Mãe...e muito mais "saiu do ar", durante mais tempo do que o previsto, para uma pequena operação, um lifting que se tornou em operação plástica total, por isso houve complicações, e a recuperação há-de fazer-se lentamente.
A paciente e cirurgiã estão muito necessitadas de alguma serenidade. Quem tem amigos na blogosfera tem tudo. Obrigada, Grace!

Posto isto: Am back! Porém, para hoje é tudo.
Até breve!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Dia do Desabafo

Vi sobre o Dia do Desabafo num programa da tv, eu avisei...; segundo compreendi, porque vi apenas uns minutos, uma equipa vai a uma escola secundária e organiza uma reunião, em que os alunos falam dos seus sentimentos, anseios e preocupações. No fim, todos concluem que apesar das diferenças aparentes,  são mais semelhantes do que pensam, e as suas mentes abrem-se para uma maior tolerância e aceitação, do outro.

Pareceu-me uma excelente ideia, esta do desabafo.  E vou aproveitá-la, quero desabafar sobre os C.T.T. . Sim, estou a falar dos Correios portugueses, não que me tenham perdido alguma coisa, nem danificado correspondência, mas porque  de há uns dois anos para cá, ir a uma estação de correios é um desespero. As filas são sempre enormes, o que no início me parecia incompreensível, afinal quem vai ao Correio, ainda?! Para além de mim? Bem, os reformados, porque nesta terra ainda se levantam as reformas no Correio, será seguro falar disto aqui?! É melhor disfarçar, Reformas pequenas, minúsculas, mas como são pagas em notas de 1€, os envelopes parecem gordos,  é uma miséria  realmente o que aquelas pessoas recebem, nas grandes filas dos Correios.

Depois comecei a aperceber-me que as filas não se despachavam rapidamente, e pensei: - Estão a contar as notas, as tais de 1€, e assinar...Mas não,  de facto, o que provoca a lentidão nessas filas de espera, que não andam nem desandam, são as propostas de vendas, e por vezes vendas efectivas, de artigos que nem deveriam estar nos Correios, tipo livros, c.d.'s, jogos, porta-chaves, etc, etc.

Vai uma pessoa lá comprar um selo, e impingem-lhe um livro de 25€! Não? Então e que tal um dvd de desenhos animados para os netinhos? E estamos nisto. Um dia, já impaciente, respondi ao funcionário:
- Canudo, qualquer dia vocês têm aqui à venda, roupas e calçado!
- E queijo e fiambre! Respondeu-me ele muito sério, o que nos provocou umas gargalhadas inesperadas.

Efectivamente, os funcionários estão apenas a desempenhar a função deles; a tentar vender os produtos, que algum iluminado se lembrou que se poderiam vender bem, quando os clientes são reféns do balcão, e arrecadar assim mais uns milhares de euros nos cofres dos C.T.T. . Como se os lucros anuais já não fossem absurdamente altos.

Palavra que compreendo a pressão a que os funcionários estarão sujeitos; talvez até tenham objectivos de vendas, mas não tenho paciência, nem tempo para esse tipo de atendimento. Livros? Compro nas livrarias, pulseiras na Parfois, no Correio só quero comprar selos, e despachar encomendas. E não, não quero Correio Azul, nem registado, obrigada; que insistência! Será assim algo tão excêntrico?!

Pronto, desabafei! Quer desabafar? Aproveite o dia, a temática é sua!

Até breve!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Orgulho dos quatros canais

 (Imagem)
Ouvir alguém dizer que vê pouca televisão, não provoca um grande impacto. Ouvir alguém dizer que não tem televisão em casa, sim, provoca impacto! E ouvir alguém dizer que tem apenas os quatro canais públicos? Muito impactante, sem dúvida.

Eu sei, porque durante muito tempo, era eu quem pronunciava essa frase, que retinha imediatamente a atenção do meu incrédulo interlocutor.
- Os quatro?! Insistiam. - Sim, repetia eu, com o orgulho.
O orgulho de não conhecer mais ninguém na nossa situação, de nos saber assim uma espécie de dinossauros. Bem, sei... nada bonito o orgulho,  mas é da minha natureza, e isso é mau, devemos ser humildes, todavia tenho a capacidade de me orgulhar de pequenos nadas, e isso é bom, causa-me alegria frequentemente. Mas enfim, tendo  consciência disso,  tento vigiar-me para controlar o orgulho e pelo menos, por este motivo, o orgulho foi exonerado!

Finalmente adquirimos um pacote que incluí telefone, internet e quarenta e tal canais. Tudo pela busca de uma melhor e mais rápida net, porque um serviço combinado é o mais económico. Diz a  Deco, e nós confirmamos.

Agora vejo sem dúvida, mais televisão; ainda nem descobri os canais todos, mas consegui recuperar algumas séries que tinha perdido, como Donas de Casa Desesperadas, que a SIC me fez o favor de estragar, ao pô-la no ar às duas da manhã! E tenho visto também bocadinhos de  programas absurdos, tem que ser aos poucos, tenho receio que grandes doses me possam intoxicar, mas quero saber o que se passa no Mundo, por muito absurdo que seja.
Nem que seja para me considerar um dinossauro dos bons costumes. E ter orgulho disso. Ouupsss...

Tenha uma óptima semana!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Receita para fim de semana: Strudel de Fiambre e Queijo


Aos domingos fazemos habitualmente um lanche-ajantarado, uma refeição mais leve, que substitui o jantar, com algumas coisas que as crianças adoram.
Faço coisas rápidas e práticas, mas têm que ser boas! Numa determinada altura, a Letícia quis ajudar e fez sozinha a sua primeira receita. Como diz o ditado: " O trabalho da criança é pouco, mas quem não o aproveita é louco", e  como eu não sou...!

Escolheu-a do Livro "Está tudo óptimo..." da Acreditar, o seu primeiro livro de culinária. Strudel de fiambre e queijo, pág.19. Fácil,  rápido, e delicioso!


 Ingredientes:
1 embalagem de massa folhada
150 gr de fiambre
150 gr de queijo
1 gema

Como fazer:
Estender a massa folhada, colocar as fatias de fiambre, e queijo por cima. Enrolar a massa levemente para não a calcar. Pincelar com gema de ovo. Levar ao forno a 180º, até a massa estar cozida. Cortar às rodelas com a grossura de um dedo.
Servir com orgulho!


Tenha um bom fim de semana!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Muros para quê?

Jardins contíguos, em urbanização alemã
Ou será que deveria antes perguntar, porquê?
Está certo, vamos rebobinar a fita e recapitular, porque ainda ninguém viu esta cassete.
Sabe aqueles jardins que se vê nos filmes norte-americanos, em frente das casas, com relva e um pequeno passeio? E a casa do vizinho mesmo ali ao lado, igualzinha com relva e passeio, e nada de muro entre elas? É disso que falo.

Dizem que nós, como povo latino, somos muito calorosos e hospitaleiros, no entanto aquilo que eu vejo nada tem de amistoso e caloroso, pois altos muros a rodear as casas, quando a única coisa que se vê, vislumbra, destas, é o telhado, diz o quê a respeito dos seus proprietários?
Que são famosos e não querem ser identificados?
Que são multimilionários e não querem ser descobertos?
Que são estrelas do cinema mudo e não querem que os vejamos envelhecidos?!
Que sofrem de uma espécie de transtorno hollywoodiano?!

Não, são meros cidadãos Que querem proteger as suas casas de olhares exteriores.  Porque não constroem antes casas subterrâneas? Seria muito mais eficaz. E ainda poderiam plantar cebolas, por cima.

Incoerentemente, os alemães, que sofrem injustamente, digo eu, da preconceituosa ideia generalizada, de que são frios e antipáticos, vivem em casas  separadas somente pelos jardins. Nalgumas casas, onde há crianças pequenas, por vezes existem redes, noutras há sebes baixas, mas regra geral não há muros! E todos respeitam o jardim, ou o quintal do vizinho. Frios, os alemães?! Só quem não os conhece.

Tanto rebuliço com a queda do muro de Berlim, lá longe, e andam por aqui a construir mais versões, quando não há razão para tal.

Se as casas são bonitas, exibam-nas! Se são feias…tapem-nas com sebes. O verde dos arbustos é muito mais bonito, e ecológico.

Até breve!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

E seu signo, continua o mesmo, ou não?!

(Imagem daqui)

A notícia da RTP ( com vídeo)  relembrou-me que o furo jornalístico é meu! A  26 de Abril de 2010 publiquei um artigo sobre o 13º signo do Zodíaco, que causou bastante polémica, e rendeu muita conversa.  Esse tal  serpentário vinha abalar as estruturas mais privadas do ser humano, que é tirar-lhe algo a que se tinha habituado, praticamente desde que nasceu - o signo!

Naturalmente todos nós, excepto eu que nunca me identifiquei,  nos afeiçoamos aos nossos signos, e será certamente com muita relutância que abdicaremos deles, eu não, agora sou Leoa, daí essa reacção de negação, mesmo estando  perante um facto! O ser humano é tão reaccionário à mudança.

Incongruentemente as pessoas acreditam nos signos ( mas não nas previsões!)  que vêm nas revistas, feitos por astrólogos, mas estes, meus caros leitores não estudam nem examinam os céus; foi a conclusão a que cheguei, na altura. Os estudiosos dos céus são os astrónomos e esses lidam com factos, e desde 1930 que reconhecem a 13ª constelação: Ophiucus! Não há charlatanice, na Astronomia!  
Por seu lado, os astrólogos deixaram de se actualizar desde o século XI, preferindo ignorar a 13ª constelação por comodidade. (Vide Diário online)

Porém, a  verdade é como o azeite vem sempre ao de cima, e que os novos signos fossem divulgados e aceites, era uma questão de tempo, pois não há como negá-lo. É uma realidade, assim como o Português, do acordo ortográfico, não gostamos dele, mas acabaremos por aceitá-lo.
Sempre gostaria de saber se entretanto houve mudança de opinião sobre o assunto. Como é? O seu signo continua o mesmo?
(Leia aqui sobre o seu verdadeiro signo!)

Tenha uma óptima semana!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

E casa lá tem moda?!


Da última vez que mandei fazer umas cortinas, o senhor da loja chamou-me à atenção dizendo que o modelo que eu estava a escolher já não se usava, que agora estava a “sair este” (e mostrou-mo). Tive que lhe dar a mesma resposta que dera há uns 5 anos, a uma outra pessoa, que me dissera exactamente a mesma coisa: - Dentro da minha casa, usa-se o que eu quero!

Uma casa verdadeira tem que reflectir a personalidade dos seus habitantes; por isso sou tão avessa a casas decoradas por decoradores; por muito bom que seja o resultado final, nota-se sempre “aquela falha”, ou seja, falta o cunho pessoal dos seus  habitantes.

Actualmente, uma coisa que está muito na moda da decoração interiores, são os pratos de parede; no entanto, ainda há relativamente pouco tempo, era considerado piroso. Eu nem sequer conhecia pessoas que os estivessem! Excepto, cá em casa.

Não faço colecção de pratos; o coleccionador é alguém que gosta de coleccionar pelo prazer de possuir. Por isso há por aí tantas colecções insignificantes e feias, não importa o quê! A minha colecção de pratos de parede começou por ser A recordação que trazíamos de algum país que visitávamos, porque não gosto de trazer muita tralha, e porque uma memória bonita, desse país ficaria à vista, enfeitando uma parede. E de uma forma bastante intencional a parede da sala de jantar vai ficando repleta de pratos, memórias de viagens e lugares, servindo, não raro, de tema de conversas e histórias de países.

Contudo, como poderei aceitar que os pratos de parede estão actualmente na moda, se para mim, essa é uma moda intemporal?  A minha avó paterna tinha pratos na parede em sua casa, assim como a minha mãe. Portanto, vamos pelo menos na terceira geração a pôr pratos na parede. Claro que sempre esteve na moda! O que só prova a minha teoria: tudo o que gostamos, o que expressa a nossa personalidade, são características que transformam as casas em lares. Por isso, não nos devemos incomodar tanto com tendências na decoração da casa.
Eu não me incomodo mesmo. E você?

Tenha um bom fim de semana!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Massa com salsichas - Deliciosa!

O Duarte precipitou-se para a mesa...!
Confesso que sempre tive ideia de que comidas como "Massa com atum" e "Massa com salsichas" eram demasiado....como dizê-lo sem parecer pedante?... pobres. Talvez porque quem me falou nelas, pela primeira vez, me tenha dado receitas demasiado básicas. Portanto, para mim, que esses pratos possam ser deliciosos é uma descoberta recente.

O Duarte tem estado adoentado, com uma virose, e tem-se alimentado muito mal. Por isso, quando me sugeriu que fizesse "Massa com salsichas"  despachei-me presto para a cozinha,  não fosse entretanto o pedido cancelado!

Fiz assim:
Pus água a aquecer e cozi massa esparguete; entretanto fiz um refogado com azeite, cebola picadinha e alho esmagado. Quando ficou transparente, juntei polpa de tomate, cogumelos laminados, milho e as salsichas cortadas às rodelas. Deixei cozer uns 10 minutos, em lume baixo. Juntei as natas ( leite creme, no Brasil), deixei aquecer acrescentei o esparguete. Envolvi delicadamente e servi.

Uma refeição simples, rápida, mesmo o que me convinha, depois da aula de piano da Letícia, e económica. E deliciosa, já disse, não já?, mas para os meus pequenos, que são uns Piscos à mesa, gostarem, estão a ver! Com certeza já conheciam, mas talvez não nesta variante. Experimentem!

Até breve!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Quando as crianças sabem o que querem

Sei bem que é nossa tendência, enquanto pais, criar e educar os filhos à nossa semelhança. No entanto, se nalguns aspectos isso é positivo, como por exemplo, na transmissão de valores, noutros é um verdadeiro abuso de poder. A fronteira entre um e outro é tão ténue, que frequentemente a ultrapassamos, mesmo sem intenção.

Casos há, em que os pais se impõem de tal forma na vida dos filhos, que as crianças mais parecem estar a viver a vida dos progenitores. Há situações tão óbvias que até ofuscam  pela clareza; quer dizer, a menina quase obesa que pratica ballet ?! E aquela menina que reclama aos pais, sem sucesso, que entre escola, Música, Natação, Inglês e Catequese, não tem tempo para brincar?! Tudo devido à pesada agenda profissional, dos pais. E tantos outros exemplos.

Foi meu objectivo desde sempre, respeitar a individualidade de cada um dos meus filhos, permitindo-lhes escolhas  sempre que possível, e aqui entramos no domínio do sensato; caso contrário, colocamo-nos na situação ridícula dos pais HolCru*, com uma menina de 4 anos a calçar saltos, e a vestir manga curta em pleno Inverno.
Não,  refiro-me a um compromisso entre o possível e o aceitável. E isso é algo que é constantemente negociado, não sendo por isso que a decisão dos pais tem de ser perene. As circunstâncias mudam e com elas, as opiniões.

Na altura em que era suposto inscrevermos os nossos filhos na catequese, não o fizemos. Por uma questão de coerência com os nossos valores e consciência; a formação moral, ética e até religiosa deve ser dada pelos pais, achamos nós. Parece-nos um contra-senso enviar os nossos filhos para uma escola onde ainda ensinam a teoria criacionista, com Adão e Eva, quando de seguida vão aprender na escola a teoria evolucionista. Isto entre outras coisas.
Contudo, os nossos filhos tiveram, e têm formação religiosa.

Eis que subitamente a Letícia recebe o convite de uma catequista, para assistir a uma aula; após uma semana de reflexão, disse que queria ir, e foi. E no final, decidiu que queria continuar, e continuou, com a nossa anuência.

Certamente, há pessoas que se indagam, que tipo de pais somos nós; permitindo que os nossos filhos decidam  se querem ir à Catequese ou não. Tendo uma que vai, e outro não!
Nós somos do tipo de pais que respeita a individualidade dos filhos; orientamos e ensinamos, sem impor actividades só porque nos dá jeito, ou esperam isso de nós. Acreditamos que eles encontrarão o caminho deles.

Não estou a dizer que sou a melhor das mães, muito menos uma mãe perfeita; apenas vejo claramente que vivemos num sociedade que não dá prioridade às crianças. Ou porque é que acham vocês que a ex-ministra da educação, Maria de Lurdes Rodrigues, "inventou" as A.E.C's**? Para resolver um problema aos pais, enquanto  os interesses das crianças nem são tidos em conta.

Só estou a dizer que devíamos ouvir, realmente, as crianças.

Tenha uma óptima semana!

* Tom Cruise e Katie Holmes
** Actividades de Enriquecimento curricular ( Inglês, Ciência, Desporto, Expressão Dramática...que retêm as crianças na escola das 9:00 às 17:30)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O meu voto, explicado às crianças

Aposto que vocês já estão a dizer: - Ó não, lá vai ela outra vez falar de política!
Ao que eu respondo: - O homem é um animal político! Esperem...já alguém disse isto antes? Ah pois,  foi Aristóteles. Alguém duvida da genialidade do filósofo?! Adiante. Isto vem a propósito com uma conversa que tive com a Letícia.
 - Mãe, porque vais votar no Fernando Nobre? Perguntou-me ela, estes dias. Quem é que vocês pensam que estou a educar? Cabecinhas pensadoras, e não faço por menos.

- Sabes, um político é uma pessoa que se dedica a governar o país, ou a ajudar a governar o país. Dedica-se a essa causa por acreditar que está a prestar um bom serviço a todos os portugueses. Acontece que os políticos que temos tido, estão a fazer um péssimo trabalho e só pensam neles, e nos benefícios que tiram por serem políticos. Compreendes?

A Letícia acenou a cabeça em sinal afirmativo, e eu continuei.
- O Fernando Nobre é um médico que poderia ter tido uma vida muito privilegiada, tranquila e com todos os confortos. Em vez disso, trabalhou desde há 30 anos, por diversos países no mundo; onde houvesse uma catástrofe e os médicos fossem necessários. Criou uma instituição muito importante, e começou a levar mais médicos e enfermeiros com ele. Mais tarde, abriu em Portugal diversos centros de apoio a sem-abrigos e pessoas necessitadas, onde comem e recebem roupas.  É uma pessoa, que não sendo político tem uma noção muito verdadeira da realidade, é inteligente e sensata.
- E se ele é médico, porque quer ser presidente? Pergunta a Letícia.
- Porque a ambição dele tem sido sempre a mesma: ajudar pessoas. E como o Doutor.Fernando Nobre viu o nosso país em tão mau estado, quer ajudar os portugueses, prestando-lhes este serviço.
- Então acho que fazes bem, em votar nele, mãe.
- Fim - 

As coisas não têm funcionado nada bem com  os profissionais da política; tivemos um presidente omisso, que não esboçou um gesto que contribuísse positivamente para o país. Se ainda fosse  poeta, tinha uma desculpa, mas não, é um economista conceituado. Levou-me um voto, ao engano!

Estão fartos de políticos, não estão? Também eu. Aqui têm um candidato que não o é! 
Pensem nisso.

Um bom fim de semana!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Feira de vaidades, à portuguesa

Aviso: A vanity Fair nada tem a ver com o artigo.
- Tem aqui umas revistas. Diz-me a cabeleireira, enquanto pousa no meu colo as chamadas revistas cor-de-rosa.
Começo a folhear, e a ler os títulos, pois apesar de só me deparar com este tipo de revistas em salas de espera, ou na cabeleireira, a minha impaciência para estes artigos é a mesma.
-Quem é esta gente ? Pergunto eu incrédula.
A cabeleireira espreita por cima do meu ombro:
- Ah, essa é uma decoradora de interiores!
- E esta? Insisto.
- É casada com um médico. Revela a minha informante.
- E isso também dá direito a aparecer em revistas do coração?! Espanto-me eu.
- É um cirurgião plástico! Acrescenta.
- Aaaaahhh... Murmuro. 

Conhece aquele ditado: " A necessidade aguça o engenho"? Pois é o que se passa com estas revistas, na falta de matéria-prima, resolveram o problema produzindo-a eles próprios. Estão a criar uma série de personagens, a partir de pessoas banais, com profissões vulgares, vivendo em casas comuns, porém dispostas a sair do anonimato das suas vidas, através de reportagens fotográficas ( nem vou mencionar as entrevistas!), igualmente banais.

Sinceramente, o que nos interessa a nós ver a mulher do cirurgião plástico numa loja a experimentar modelitos?! Ou então as fotos do casamento do cantor, e de seguida as da lua-de-mel, quando a vida privada destes já foi exposta até ao mais ínfimo pormenor?!
E as revistas estão repletas destes artigos; os nomes das publicações mudam, todavia os rostos e notícias que veiculam são as mesmas; as mesmas fotos, mesmas roupas, mesmos locais, com as mesmas pessoas a informar o mesmo acontecimento: nascimento, casamento, divórcio.

Vamos encarar a realidade de frente: nós não temos, em Portugal, jet-set! Nem temos VIP's.
Temos um primeiro grupo de pessoas, constituído pelos rostos da tv (actores, cantores, apresentadores, etc).
Temos um segundo grupo, de pessoas conhecidas, por fazerem nada, que são vestidas pelas boutiques e vão a eventos quando recebem cachet ( mesmo os de solidariedade, segundo consta).
Depois temos um terceiro grupo, o daqueles que vestem, decoram as casas, fazem liftings e põem botox, nas pessoas dos grupos anteriores. 
E isto, querem fazer-nos crer, são os Vip's portugueses.

Mas...como este elenco é insuficiente para tantas revistas e publicações semanais, têm-se criado este derradeiro e instantâneo grupo- o usa e deita fora, o das tais pessoas absolutamente desconhecidas e prosaicas.

Não é de rir? Eu acho, e depois de ter percebido o esquema até que foi divertido, folhear aqueles disparates!E sabem qual o maior disparate de todos? Pagar para ler estes disparates. Perdoem-me a redundância.

Até breve!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

É ano novo! E depois?!

 (Imagem)
- Não percebo porquê tanta coisa, por ser ano novo! Dizia o meu filho na última noite do ano. - É só mais um ano que começa! Não é o fim do mundo...

Fiquei a pensar neste desabafo do Duarte; de facto, como justificar fogos de artifício, roupas novas, jantares e entradas em discotecas inusitadamente caros, e uma série de rituais como o das doze passas, ficar em cima de uma cadeira, etc, e a necessidade extrema de uma alegria, frequentemente forçada?

Recebemos o Ano Novo, como a um hóspede importante, a quem não podemos negar guarida, de forma alguma, e que permanecerá connosco doze meses, tendo por isso o poder de nos facilitar a vida, ou não. E recebemo-lo com festa e alegria, de modo a que se sinta bem-vindo e acarinhado, e fique agradado com isso. Porquê? Porque da sua boa-disposição dependerá a sua generosidade; o hóspede mimado terá tendência ou vontade a retribuir amabilidades. É essa a nossa esperança em cada Ano Novo: sermos agraciados com a realização de uma série de desejos, secretos ou públicos.

Como não podemos correr o risco de começar uma relação com o pé esquerdo, entramos com o pé direito e rimos e saudamos-nos, sempre com a esperança no coração. Porque é só disso  que se trata: cada ano trás consigo esperança.

Eu tenho esperança numa série de coisas. E você?

Tenha uma óptima semana!

sábado, 1 de janeiro de 2011

Feliz Ano Novo!


Carpe diem

colha os dias
(todos eles)

este de agora
o do ano velho
e o que ainda não chegou

Colha seus funchos e seus corais
e preocupe-se menos
com os presságios 
do ano que ainda lateja

ele nascerá

nascer é a sina de cada ano
e será exactamente
como você o construir

também não fique a temer
a fuga do tempo

antes, compartilhe-o
e seja mesa farta
onde só existe o sonhar

e não se esqueça:

é dentro de você 
que a vida germina

e o ano de todos os dias
poderá vir a ser
campos dos girassóis

 Autoria de Euza Noronha, Café com verso, prosa e bobagens

Feliz Ano Novo!