quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A troca

A Troca
Atenção: Isto não é uma crítica de cinema; é antes uma recomendação amigável, que visa poupar-vos um bilhete.

“Friends” é minha referência para a actriz Jennifer Aniston ; depois disso tenho-a visto, por minutos, num ou outro filme, na televisão, sempre comédias românticas, que nunca tive a curiosidade de ver. Inconscientemente elaborei sobre ela uma ideia estereotipada: actriz de filmes levezinhos, pãozinho sem sal, e por aí.

Estes dias, eu e uma amiga  fomos ao cinema;  infelizmente a silly season ainda não terminou e de tudo em cartaz "A Troca” parecia o único less silly.

Ledo engano! De tal forma que no intervalo dos poucos espectadores que a sala tinha, havia vários a tentar mudar de filme, entrando noutras salas! Não valia a pena, era tudo igualmente intragável. Voltamos à sala e entre cochichos e risadas caímos em cima da Aniston.

"A troca" bem poderia ser o nome do filme, da vida dela; como é que alguém mentalmente são, poderia ter deixado de ter filhos com aquele espécime do género masculino, chamado Brad Pitt?! Quem, perfeitamente saudável, poderia ter deixado escapar aquele homenzarrão, por não querer constituir família?!

Por uma carreira no cinema desta porcaria categoria?! Ela só poderia estar louca; aliás, ficou até hoje, porque aceitar fazer um filme tão burro, tão desenxabido, tão… tudo de mau, só poderia ser insana.

Ainda por cima não nos fez rir (- Quando é que começa a comédia?! Perguntávamos uma à outra o tempo todo), nós é que resolvemos essa parte.

Aviso-vos: não vão ver este filme, sob que pretexto for! Se tiverem uma vontade aguda de ir ao cinema, entrem antes no clube de vídeo e vejam um dvd. Incomparavelmente melhor! E mais económico.

Até breve!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Crescemos e … ficamos medrosos?!

Há uns tempos os meus filhos foram a uma festa de aniversário de uma amiguinha, e quando voltaram, contaram-me, muito entusiasmados, que tinham andado pela rua, e entrado numa casa em construção. Fiquei petrificada e muda. Era uma urbanização nova, e a casa da aniversariante ficava ao fundo da rua, que não tinha saída. Segundo entendi, as crianças andaram por ali a brincar, e curiosas entraram numa casa em obras.

Mentalmente visualizei escadas sem corrimão, varandas sem protecções…alerta, alerta:
Uma série de situações extremamente perigosas, que fez acender a luz vermelha! Da memória; quando eu era criança, adorava brincar com os meus amigos e irmãs, nas casas em construção da vizinhança. Havia areia para escavar, escadas para saltar para cima da areia, divisões para brincar às escondidas. Era muito divertido ir para lá ao fim do dia e fins-de-semana, quando os trabalhadores não estavam. E os nossos pais não se importavam nada. Será que sabiam disso, sequer?!

Também brincávamos muito num monte, onde existia uma mina, cuja água formava uma espécie de lago, e cujas margens eram ligadas ao meio, por um fio de terra. Para atravessar por essa “ponte”, tínhamos que descer a correr, pois a subida era extremamente íngreme. Não sei como nunca nenhum de nós (que me recorde), caiu à água! Passávamos lá tardes inteiras, sem nenhum adulto a vigiar-nos, ou a inquietar-se connosco.

Só de imaginar os meus filhos num sítio desses dá-me um calafrio.

Em criança fazíamos praia em Vila do Conde; passávamos mais horas na água do que na areia. Não me lembro de sair do mar roxa de frio, nem de ser vigiada (excepto com bandeiras amarelas, e com vermelhas nem sequer íamos à beira-mar). Quando entrei na idade adulta descobri que a água do Atlântico é incompatível comigo, e por unicamente molhar os pés no mar, sinto-me enregelar.
Contudo, constato espantada que para os meus pequenos a água está sempre boa! Mas nunca os deixo sozinhos à beira-mar.

O que aconteceu?! Terá o mundo mudado assim tanto, desde então? Terá o nosso nível de tolerância ( térmica, inclusive), decrescido, à medida que nós próprios crescemos ?
Ou então, simplesmente, temos mais medo sendo pais, do que sendo filhos.  Não lhe acontece isto?!

Boa semana!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A moda das casas pretas

Em Portugal, já tivemos a fase das casas construídas em granito. Já tivemos a fase das casas forradas a azulejos, muitas vezes autênticas mantas de patchwork. Já as tivemos  pintadas de branco. Depois a fase das casas amarelas e finalmente pintadas em vermelho carregado.

Agora, tal qual psicólogos do tijolo, os engenheiros civis e arquitectos, passaram à fase da cinza e preto. Moradias e prédios em construção são exclusivamente nestas cores. E eu tenho-me perguntado: porquê?

Serão estas soturnas cores, reflexo do momento social que vivemos? Sim, porque se tivéssemos, mesmo agora, que atribuir uma cor ao espírito das pessoas seria cinza e preto.

Sinceramente, quem deseja viver numa casa preta, com persianas cinzentas e granito preto polido? Alguém feliz?!

E depois há ainda a questão do calor; aquelas fachadas absorvem o calor do sol e tornam os interiores inabitáveis, se não tiveram ar-condicionado.
E dizia eu, ainda há pouco, que não sabia que tipo de homem vive numa casa cor-de-rosa! E vocês vão dizer-me: - A Fernanda está a ser sexista!
Não, não! Eu própria não gostaria de viver numa casa dessa cor. No entanto, digo-vos, entre cinza e rosa, que venha o rosa! Pela alegria e energia que transmite. Que volte até o patchwork colorido dos azulejos!

Na Republica checa, deslumbrávamo-nos com a beleza das casas; muito ao estilo alemão e austríaco, fazem autênticos cartões postais!
Não compreendo porque em Portugal impera esta falta de gosto. Talvez os profissionais da construção devessem viajar, aculturarem-se, adquirir mais e variadas noções de estética, antes de começarem a desenhar caixotes cinza e pretos.

A sério que não compreendo, e o Feng shui também não!

O mundo não é muito mais bonito e alegre, quando é colorido?! Eu acho…

Bom fim de semana!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Definição de arte...?

Na Faculdade, um dos melhores professores que tive ( numa mão nomearia os que mais me marcaram, e entre eles estaria o professor Silva Pereira), deu-nos várias definições de arte, das quais eu retive esta : "A expressão do belo" .

Acho linda, este definição. No entanto, convenhamos, está totalmente ultrapassada.
No Museu das Belas Artes de Lyon, discutia com o meu primo, a respeito da arte plástica. Eu argumentava:
- Não gosto deste quadro, porque acho feio e não me diz nada!
Ao que ele contra-argumentava:
- Sim, esse não, mas aquele, por exemplo, também não me diz nada e não me importava de o ter em casa!
Acho-o bonito.

Lembro-me de uma história de quadradinhos, em que Mónica e Cebolinha, estando numa galeria de arte,  em frente a um quadro às riscas, discutiam teorias. Até que tiveram um acesso de espirros; afinal, o quadro  era o ar-condicionado!

A expressão da arte tem mesmo que me dizer alguma coisa; se não me fala ao coração, para mim não tem valor. Este desenho foi a Letícia que o fez, por isso só, já me diz muito, no entanto vejo nele valor suficiente para o expor numa parede. Com moldura e tudo! Não me canso de o admirar, de imaginar para onde estarão os olhos "dele" a olhar. Quem será? Em que pensa? Acho-o misterioso. E bonito. Faz-me pensar.

Isto, creio eu, é arte! E você, como a definiria?

Até breve!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Como tornar o dia mais produtivo

 
Com o início do ano lectivo, as rotinas voltam-se a instalar, com horários para cumprir e montes de coisas habituais e inesperadas na lista do “ a-fazer”. O dia passa depressa demais e ficamos stressados e frustrados por não conseguirmos fazer tudo. Para evitar essas sensações tão negativas que nos desgastam demais, elaborei este esquema:

Acordar cedo. Já reparou que naqueles dias que dorme até mais tarde o dia rende ainda menos?! Cada um tem a sua necessidade de sono, eu preciso de 8 horas (como eu gostaria que fosse menos!), mas muitas vezes passamos do nosso limite. Por preguiça. Porque está a chover lá fora. E por outras razões, porém, com ajuda do despertador poderemos acordar na hora certa.

Fazer listas.  Diárias. Estas permitem-nos recordar tudo o que precisamos fazer e ordenar de forma rentável essas tarefas; se vai ao supermercado, aproveite para ir ao sapateiro, que fica ao lado. Tenha a lista do dia sempre à mão e vá riscando o que fica feito na lista, serve como incentivo e mantém o foco.

Marcar tempo: Há actividades que não podem (espera por consulta médica tem mesmo de ser), porém outras, tipo sair para fazer compras, tomar um café com alguém, fazer um telefonema, podem antecipadamente ser controlados.

Priorizar: Tarefas que estão em stand-by há demasiado tempo, tarefas que têm tempo limite para ser executadas (pagar contas, ir a reuniões, retribuir um telefonema…), devem ser colocadas no topo da lista. Fazer primeiro o que tem que ser e somente depois, o que dá prazer.

Se estas dicas não o ajudam muito, afinal cada caso é um caso, pense no que será mais eficiente para si, tendo em consideração que a chave está em ser “metódico e organizado”. Eu começo hoje, este programa.

Tenha uma óptima semana!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O que se diz e o que se pensa

Haverá alguém que ainda ache o estilo de vida dos ciganos idílico? Vida nómada, em carruagens coloridas, puxadas por cavalos; lindas ciganas morenas, de xailes bordados e creolas nas orelhas, a lerem sinas? Só nos romances. De cordel. A realidade foi sempre outra; hoje é exactamente aquela que todos nós conhecemos.

Estávamos na França quando o governo de Sarkozy anunciou a expulsão dos ciganos romenos que vivem ilegalmente no país. Na altura, isso provocou imediatamente uma reacção contra, da oposição, e desde aí temos assistido a um crescendo de manifestações, que repudiam estas medidas. Primeiro dentro da própria França, depois um pouco por toda a Europa, inclusivamente o nosso ex-presidente Jorge Sampaio, a C.E. e agora a ONU.

Todos se acham no direito de opinarem, apontando o dedo ao governo francês, acusando-o de políticas discriminatórias, de racismo e outros nomes nessa linha.

Pois muito bem, eu também vou opinar; e embora a minha opinião não faça cabeçalhos nos jornais, aviso desde já que serei politicamente-incorrecta.

O governo francês tem todo o direito de expulsar ilegais do seu país. Sigam o meu raciocínio; a França também está a tentar sobreviver à crise mundial, com uma taxa de desemprego muito alta, e se não há empregos para os franceses, sejamos directos, menos ainda para estrangeiros, sejam ciganos ou não. É assim em todo o lado. Portanto, estrangeiros desempregados ficam dependentes de subsídios estatais  ( que a França tem estado a cortar, mesmo para os naturais ), ou então entregam-se à mendicidade e criminalidade.

Acho uma tremenda hipocrisia que a ONU e outras instituições para refugiados, venham agora dizer que estão preocupados com a situação dos ciganos romenos e búlgaros. Porque não se começaram a preocupar com eles, quando ainda estavam nos seus países?! Era lá que o problema deveria ser resolvido.
E quem se acha no direito de condenar a França, que faça antes o gesto: que os convide para os seus países! Falar é fácil.

É que todos os políticos que vejo e ouço, a defenderem a causa dos ciganos, vivem em prédios bem localizados, rodeados de seguranças, e nem lhes ocorre ter como vizinha uma família daquela etnia. Hipócritas.

Se milhares se manifestaram em Paris contra a extradição, milhões de franceses apoiam as políticas de Sarkozy.  Shiuuuu…. Isto não é para dizer, é politicamente incorrecto.

Talvez esteja a pensar: - Ah…a Fernanda é preconceituosa! Se for esse o caso, faço-lhe uma pergunta:
- Para si é indiferente ter vizinhos ciganos?

Basta de demagogia e sejamos sinceros.

Bom fim de semana!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Cleo, A história real de uma gatinha que salvou uma família

( Imagem daqui: Wook)

Sinceramente? Quando vi este livro pela primeira vez, pensei desdenhosamente: -  Olha a versão felina do “Marley e eu”! Mais outro espertalhão a agarrar-se ao filão de ouro!

Não sabia mas precipitei-me. Porém, passado algum tempo, coincidindo com a presença do novo gatinho cá em casa, a minha mente já estava mais receptiva, ao ponto de pegar no livro e folheá-lo. O pouco que li desfez de imediato as minhas ideias primitivas, afinal o livro parecia-me genuíno e interessante. Valia a pena lê-lo. Tinha que lê-lo! Já não o pousei, trouxe-o comigo e devorei-o, li-o em poucos dias.

É uma história verdadeira, tão rocambolesca e inesperada como só acontece na vida real. Além disso, possui três elementos fantásticos: está muitíssimo bem escrito, é dotado de um grande sentido de humor e, a escolha  de palavras é realmente criteriosa. Helen Brown mostra-se uma verdadeira cirurgiã de palavras.

Como tinha um gatinho na capa, os meus filhotes ficaram imediatamente de “orelhas em pé”; de forma que à medida que eu ia lendo, ia-lhes contando as peripécias e apesar da tragédia inicial que os entristeceu, a trama foi-se aligeirando com as tropelias do pequeno felino, o que nos provocava imensas gargalhadas. As crianças faziam muito o paralelo com o nosso gatinho, Tico, também conhecido como “ Diabo da Tasmânia”, e diziam que ele e Cleo dariam um óptimo par. Na altura, até pensei que comparativamente o Tico era um gentleman ( ou antes gentlecat?), mas aqueles dois juntos?! Ó horrores...Adiante. 

Este tipo de leitura paralela com as crianças tem o bónus de ser mais um incentivo à leitura; este livro em particular é um óptimo embaixador.

Aconselho muito o livro, para quem gosta de gatos e não gosta, porque afinal Cleo é somente uma personagem!

Resumo muito bom, no Marcador de Livros.

Boas leituras!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Atelier: o espaço que o teu corpo ocupa


Férias com chuva, crianças em casa. Missão urgente: mantê-las ocupadas. E felizes. Para mais, havia ainda um sobrinho, e uma amiga dos pequenos; uma turminha.
Eu tive a sorte de ter estes dias em casa uma “pro”, que tomou a iniciativa de fazer este atelier, com as crianças. Como vocês provavelmente não têm, aqui vai o descritivo.

Material: lápis de cor, aguarelas, folhas, galhos, conchas (apanhados previamente em passeios), papel de embrulho, tampas de garrafas, embalagens de cereais (benditas caixas de separação, de lixo!), papel de alumínio, fitas de seda, bocados de tecido, botões, lãs. Massas de todo o tipo e feijão. Tesouras, colas, e papel de cenário, cerca de 1 m. por criança.

Colocar todo este material de forma organizada num local espaçoso, onde a actividade terá lugar. No nosso caso foi a garagem. Ponha as crianças a colectar materiais e a organizá-los. Faz tudo parte.

Parte 1: Aula teórica, com visualização na net de quadros com figuras humanas e paisagens feitas com frutos e vegetais ( Google Arcimbold). Após demonstrar que a figura humana pode ser trabalhada com diversos materiais, dependendo da imaginação de cada um, trabalho prático.

Parte 2: Uma criança fica deitada no papel de cenário, na posição que entender, enquanto outra a contorna, com um lápis de cor, escolhido pela primeira criança. Terminado? Troca de papeis. Marcar bem o contorno, para que seja visível. Cortar o contorno de cada corpo, para que seja mais fácil de trabalhar individualmente.

Parte 3: Cada criança decora o seu corpo com os materiais disponíveis, da forma que entender; deve dar indicações quanto ao tipo de cola, lembrar as partes do corpo que podem ser trabalhadas, auxiliar com a tesoura, enfim, ajudar na medida do necessário, respeitando o gosto artístico de cada um.

Parte 4: Trabalhos terminados? Colá-los na parede, para que possam ser apreciados, numa inédita exposição de artes plásticas.

Objectivos do atelier: Aquisição da noção do próprio corpo e do espaço que ocupa.
(Duarte: - Ó mãe, eu não sabia que era assim tão grande!)
Desenvolvimento da criatividade.
(Cabeleira multicolor no “eu” do Duarte)
Projecção da ideia de si próprio.
(Características que identificam a criança e outras que causam surpresa total)

As crianças adoraram; mostraram-se empenhadas e orgulhosas com o resultado final.
E gratas, à pessoa querida que lhes proporcionou uma tarde tão bem passada.

Até breve!

sábado, 11 de setembro de 2010

Receita para o fim-de-semana: falso Bolo de Chocolate

E fui eu que o falsifiquei! Peço desculpa pela falta de modéstia, mas a falcatrua ficou muito bem feita. Os meus cúmplices familiares que o digam, porque a prova do crime desapareceu num ápice! Nem uma migalha, como pista.

E tudo o que eu fiz foi alterar o peso da farinha. E juntar uma chávena de chá mal cheia de leite. E trocar o açúcar por mascavado. Resultou num bolo mais encorpado. Pronto, confessei tudo!

Ingredientes:
4 ovos
150 g de açúcar em pó ( troquei por mascavado!)
150 g de manteiga amolecida
200 g de chocolate negro
160 g de farinha de trigo – No original são 16 g!
100 g de avelãs tostadas e moídas

Como fiz:
Derreter o chocolate em banho-maria.
Ligar o forno a 220º.

Bater as gemas com o açúcar até que a mistura fique espumosa.
Juntar o chocolate derretido à mistura das gemas.
Juntar a farinha, as avelãs moídas e a manteiga, mexendo com uma colher. Juntar o leite e voltar a mexer.
Bater as claras em castelo e incorporar à massa com movimentos suaves de cima para baixo.
Colocar a massa em forma untada e enfarinhada.
Cozer 20 minutos comprovando com um palito (a massa deve estar húmida).
Deixar arrefecer e desenformar.”

Receita original no No soup for you.

Bom fim de semana!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Curiosidades das férias...

- Quando saímos de casa, onde ficamos hospedados, em Livron, o gato  estava, tranquilamente, em cima do nosso carro. Teria passado lá a noite? Ou pretendia seguir viagem connosco? Não sabemos.

- Numa loja em Lyon, a vendedora cumprimentou-me pelo meu francês ( : - Vous parlez trés bien le français, Madame!). Eu agradeci, enquanto o meu primo ( nado e criado em França), que não tinha aberto a boca, murmurou: - E eu ainda melhor!

- Em Nurnberg fomos atendidos numa Geladaria por um empregado que falava português; era italiano e tinha sido ( tinha, frisou ele!), casado com uma portuguesa.Nem tudo se perdeu.
- O parque onde estacionamos o carro em Praga pertencia ao prédio onde viveu, compôs e morreu Antonin Dvorak. Muito decadente a necessitar de obras urgentes; felizmente está para breve e terá uma casa-museu.

- O mesmo gelado de fruta custou em Telc 10 coroas, enquanto em Praga pagamos 80 e 90 coroas.

- Numa tentativa de conversa com um cidadão de Trevic, disse-lhe, em inglês, que éramos de Portugal,  ( nessa altura ignorava que Portugal era  Portugalsko em checo); como ele não entendeu, acrescentei: Cristiano Ronaldo! E fez-se luz. A magia do futebol...

- As gomas Haribo são muitíssimo baratas na Alemanha; ficamos a saber que a fabrica fica em Bonn e que o nome se deve às primeiras letras do seu fundador: Hans Riegel de Bonn. 

- Em 6.700 kms de viagem passamos por imensas, imensas mesmo, auto-caravanas e roulottes,  de várias nacionalidades, mas quem bateu o recorde ( era o êxodo!) foram os holandeses: Em 20, 18 eram Laranjas! Imaginamos que Agosto seria um bom mês para tomar a Holanda de assalto. Não estava lá ninguém!

Curioso...sei que há mais, mas não me estou a recordar! Hummm...

- Lembrei-me! Numa igreja em Praga, vi uma jovem mulher a fingir que rezava enquanto roubava, discretamente, água benta, para um frasquinho. Primeiro numa pia, depois na outra. Que tal?!
(Aaahhh! Eu sabia que havia mais!)

Até breve!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O que tem o Verão de bom...

 ( Ilustração de Marie Desbons, Mon grain d' sel")

Eu gosto do verão porque acho as roupas mais bonitas.
E pelas sandálias, que mostram as unhas dos pés pintadas.

E dias longos.
E noites estreladas.

Pelas saladas.
E  pêssegos, ameixas, melancia e uvas.

Pelos churrascos e jantares no jardim.
E piqueniques.

E pelos banhos na piscina.
Pelas férias.

Pelo tempo que passo com as crianças.
Pelas visitas, mais disponíveis, que temos e fazemos.

Pelas flores e árvores de fruto carregadas.
E relva verde. Por andar descalça na relva verde.

Pela alegria das aves, grilos, borboletas e abelhas.
Pelo céu azul.

Pela chuva que provoca o odor da terra.
Pelas tempestades de verão, que refrescam os dias.

Há tantas razões para gostar do verão, não há?

Até breve.

domingo, 5 de setembro de 2010

Você tem o síndrome de Shrek?!


- Já foi ver "Shrek, para sempre"?
...........
- Não? E porquê, posso perguntar?
...........
- Não, está enganado, não é um filme infantil; na realidade é um filme para adultos, que também pode ser visto por crianças.

Em primeiro lugar, porque o filme é muito divertido, mas a subtileza das piadas escapa aos mais pequenos, e são os pais que mais se riem, para alguma perplexidade dos filhos. 

E em segundo, porque o tema debatido é demasiado profundo, para ser captado pelas mentes-infantis; porém, parece-me até que muitos crescidos também passam ao lado dessa questão menos evidente.

Tenho visto ao longo do tempo como alguns casais se desgastam e terminam até, pela corrosão da rotina doméstica. Sobretudo para os homens, as delícias da vida familiar ( incluindo nisso as noites mal-dormidas, as interrupções constantes,  a falta de privacidade do casal, as fraldas sujas, o choro, as doenças, a menor disponibilidade financeira....), podem ser avassaladoras. Assumir o papel de marido e pai não é fácil, ninguém nunca o afirmou sequer. Mas tem as suas contra-partidas, dentre as quais ser amado e experimentar uma vida rica familiar.

Porém, nem sempre os aspectos positivos são evidentes para o género masculino. E assim começa uma busca pela evasão a um tipo de vida que lhes causa irritação e saturação.  Programas com os amigos. Aventuras fora do casamento? Sim, também. O que por vezes os leva a trocar a vida familiar pela emoção de uma nova paixão, esquecendo que um dia esta também esfriará e dará lugar a uma nova rotina. Se correr bem, pois se não correr, acabará só.
E muitas vezes arrepende-se e deseja voltar a recuperar aquilo que perdeu. Porque afinal a vida familiar lhe faz falta. Diz-se que ser mãe é padecer no paraíso, mas parece-me que o ditado tem sido injusto para com os pais.

Causa-me uma certa tristeza que as pessoas sofram por não se conhecerem suficientemente bem; porque basicamente, é isso que espoleta tudo.

Shrek teve sorte, é uma personagem fictícia, e com muita magia teve direito a uma segunda oportunidade.E nem sequer foi para salvar Fiona, pois se Shrek não tivesse existido em sua vida, isso só a transformaria numa mulher mais forte, numa guerreira respeitada. Os homens não são os salvadores das mulheres; são seus pares.

Não perca o filme, e leve o marido!

Até breve.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Visita à Quinta da Aveleda - Sítios a visitar no Norte


A quinta da Aveleda faz parte do Roteiro Românico, em Penafiel.
Passamos lá uma tarde maravilhosa, com as crianças a correrem entusiasmadas, de um lado para o outro. À entrada, é-nos fornecido um mapa, com o roteiro aconselhado, entregue às mãos dos pequenos mais velhos, e que resultou num série de enganos, que por sua vez provocou muitas risadas e retrocessos.

Há cabrinhas, patos, cisnes, pavões e rolas, galinhas e garnizés, rãs e peixinhos, que encantam as crianças. Há casinhas oníricas – juro que a da Branca de Neve e sete anões é lá que fica- pontes, lagos, fontes e canteiros. Há recantos com mesas e cadeiras. Há sombra e barulho de água a correr. Há um eucalipto com cerca de duzentos anos, que o grupo de doze rodeou bem esticando os braços. Há... muito para descobrir!

A Quinta, compreendendo os jardins, lagos, fontes, diversas casinhas e casa grande, está muitíssimo bem cuidada, apresentando um bom-gosto que nos causou grande admiração. É uma propriedade familiar e só posso expressar a meu bem-haja, pela generosidade dos seus proprietários, que abrindo as portas da Quinta partilham connosco um sítio tão especial.
É o tipo de local que podemos mostrar com orgulho a amigos estrangeiros. Mas antes disso, convém que sejamos nós, os portugueses a visitar e conhecer.

Os vinhos Aveleda são sobejamente conhecidos, pela sua qualidade e agora a Aveleda oferece uma série de novos produtos, como queijo, marmelada e doces caseiros, objectos de decoração e utensílios, que podemos encontrar na loja da Quinta.

A loja é acolhedora e o atendimento muito simpático; as promoções são diárias e valem muito a pena, compramos um Touriga nacional - Cabernet Sauvignon, com 50% de desconto. Além disso, o rosé casal Garcia, que também é óptimo, agora no Verão.

Já não fomos a tempo das provas, que são oferecidas num ambiente muito adequado, o que só nos motiva para uma nova visita. Entretanto, se não puder aceitar a minha sugestão para uma visita à Quinta da Aveleda, sugiro-lhe uma visita virtual.
E ofereço-lhe as minhas fotos!

Até breve!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Jogo fácil e divertido para aumentar auto-estima das crianças


Quantos mais participantes tiver melhor; os adultos também são bem-vindos, o que pode proporcionar um jogo familiar muito interessante.

Tudo o que vai precisar é de uma folha de papel (reutilize!), um clipe e uma esferográfica por participante. A folha prende-se no colarinho da roupa (portanto, nas costas), com o clipe, de modo a que o seu proprietário não a veja.

Cada participante irá escolher uma qualidade da pessoa, que escreverá nas suas costas, sem que este saiba o que está a ser escrito. Não vale repetir, e no final terá de haver o mesmo número de “qualidades”, menos um. Doze participantes, onze qualidades.

Depois de todos terem escrito (processo engraçado, pelo comboio de pessoas que se vai formando e desfazendo), cada participante lê para si a sua lista, que será posteriormente lida em voz alta, para que todos ouçam. Sugiro que comece pelo mais novo e que no fim todos aplaudam.

Não imagina como os adjectivos que as crianças vão ler, os vão encher de alegria! Saber que os outros pensam coisas tão boas a respeito deles, promove realmente a auto-estima. Excepto se tiver um filho, tipo o meu, para quem tantos elogios não influenciam nada. Um problema de excesso-de-auto-estima?! Isso ficará para uma próxima.

A imagem é da folha da Letícia; não poderia fazer o scanner da minha, seria vaidade excessiva. Ó para mim, a ser vaidosa, dizendo que não quero ser.

Hummm... talvez o Duarte seja filho de peixe. Deste peixe! Isto também ficará para uma próxima.

 Enfim, faça o jogo e divirta-se!

Até breve!