segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Originalidade

(Imagem aqui)

Já imitaram o meu corte e cor de cabelo;
Já imitaram a forma como dobro o lenço e o cachecol no pescoço;
Já imitaram o meu perfume;
Várias vezes.
Já imitaram o nome dos meus filhos;
Já imitaram o nome que eu e o meu marido nos chamamos, na intimidade do lar.
Já imitaram a minha decoração,
Já imitaram até a minha sala de estar completa.
Já me imitaram noutro monte de coisas, que eu nem sequer vou listar.

Das primeiras vezes fiquei irritada e o meu marido, minimizando a situação, disse: - Deixa lá, mais vale que te imitem a ti, que tens bom gosto. Pode ser que aprendam.

Concordei. Ah, vaidade…Mas também, porque sei que se aprende imitando, rssss….Agora ao Googlar “Mãe e muito mais”, constato que também aí me imitaram. Por segundos atravessou-me o pensamento que teria sido eu, inadvertidamente, a imitar! Mas não, fui consultar o perfil, o meu blogue é mais antigo (Novembro de 2006 é antiguidade na blogosfera, não é?!).
Ó Céus, como é difícil ser original! Será que isto acontece com mais alguém?

Bem sei que existem por aí muitas mulheres, que são “mãe e muito mais”, graças a Deus, porém nunca tinha imaginado que isto fosse acontecer. Concluindo, esta situação sugeriu-me uma ideia revolucionária: vou franchisar o meu blogue! Na próxima feira de franchising lá estarei.

Tenha uma óptima semana, e não esqueça, seja "muito mais" você próprio!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

“Quem o feio ama, bonito lhe parece”

(Imagem aqui)
Os meus filhos já tiveram a fase das adivinhas, das anedotas e actualmente estão na fase dos provérbios populares. A cada frase feita pronunciada por alguém, ao vivo ou na televisão, eles imediatamente a retém. Depois, utilizam-na por tudo e por nada, debatem entre eles os diversos significados, por vezes pedem-me esclarecimentos, e adaptam-na a diversas situações, mudando uma palavra ou outra. O último provérbio era-me desconhecido: “Leva o que há e não faças cara má”. Também este foi reajustado a novas situações: “Veste o que há e não faças cara má”, “Come o que há e não faças cara má!”, etc.
Há nos provérbios populares uma sabedoria espantosa, gerada pela experiência dos nossos antepassados, ao longo dos tempos. Este legado, nem sempre apreciado ou compreendido, tem como intuito ajudar-nos em situações do nosso dia-a-dia. No entanto, acaba por ser mecanicamente recitado sem que nos aprofundemos no seu significado.
No início das férias de Verão, de 2008, o provérbio que serve de título a este post revelou-se-me inesperadamente. Enquanto eu aguardava a minha filha, na recepção do Infantário dela, assisti à despedida de um menino, que eu achava o menos bonito da escolinha. A educadora debruçou-se sobre ele para o beijar e lhe desejar boas férias, quando ele pronunciou com uma imensa ternura:
-Sabes, professora, eu gosto muito de ti e vou ter muitas saudades tuas.

Ela abraçou-o imediatamente, porque como eu, intuiu verdade e amor naquela frase tão simples. Subitamente, olhando aquele menino, eu vi que ele irradiava beleza!
Sabe que essa metamorfose dura até hoje?! Sempre que eu entro na escola (uma vez por semana, para ir buscar o meu sobrinho) procuro com os olhos o menino mais bonito. E ele está lá…perfeitamente belo!

Tenha uma óptima semana!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Dicas de boas maneiras

Se porventura for passar um fim-de-semana, ou mesmo alguns dias a casa de amigos, preste atenção a esta máxima: em Roma, sê romano. Isto significa que você deve adaptar-se à vida estabelecida da casa que o recebe. Você é que tem de entrar no ritmo.
Se naquela casa a anfitriã não tiver empregada, ajude em pequenas tarefas, como pôr e levantar a mesa, levar às travessas com a comida, etc. Não ofereça ajuda quando evidentemente ela já não é necessária, antecipe-se.
Não deixe que a sua família (no caso de levar filhos) monopolize as televisões da casa e sobretudo tenha o cuidado de as desligar, quando as crianças já abandonaram aquela divisão.
Não deixe os seus objectos espalhados pela casa (incluindo brinquedos das suas crianças), lembre-se que ali você é um hóspede, não o dono da casa.
Não permita que os seus filhos tenham comportamentos perturbadores, tipo dar pontapés por baixo da mesa, durante a refeição. Esse é o momento de utilizar a sua voz de comando e não de explicar, ternamente, que vai partir os pratos.
Ainda que não goste de alguma comida (ou tempero), nada comente, sirva-se de menos quantidade, mas coma! Até pode ser que ali, naquele dia, aquele prato esteja bom e afinal foi indelicado para nada. Acredite!

Enfim, não se comporte como um hóspede excêntrico num hotel de 5 estrelas, com direito a tudo e sem obrigação a nada. Uma boa anfitriã nada lhe dirá, porém muito provavelmente o convite não será repetido.

Certamente isto até lhe parecerá evidente demais, mas acredite, há pessoas para tudo!

Tenha uma excelente semana!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A espada sobre a bolha

(Imagem aqui)
Dâmocles, era cortesão na corte de Dionísio I - um tirano do século 4 A.C em Siracusa, Sicília. Ele dizia que, como um grande homem de poder e autoridade, Dionísio era verdadeiramente afortunado. Dionísio ofereceu-se para trocar de lugar com ele por um dia, para que ele também pudesse sentir o gosto de toda esta sorte. À noite, um banquete foi realizado, onde Dâmocles adorou ser servido como um rei. Somente ao fim da refeição olhou para cima e percebeu uma espada afiada suspensa por um único fio de rabo de cavalo, suspensa directamente sobre sua cabeça. Imediatamente perdeu o interesse pela sua posição e abdicou de seu posto.(Fonte)

Lembro-me frequentemente deste mito em relação a mim; tenho-me sentido muito privilegiada na minha bolha de felicidade ao longo dos anos, no entanto tenho consciência que a todo o momento poderá haver uma viragem. Em 2008 senti que a minha bolha não era assim tão hermética; tivemos graves problemas de saúde na família, que me tiraram a tranquilidade, porém, estamos cá todos, graças a Deus. Também não foi um ano financeiramente bom, contudo, só perde quem tem. Nem sequer fizemos uma grande viagem para fora de Portugal, como costumamos e tanto apreciamos; todavia, por isso mesmo pudemos fazer obras consideráveis cá em casa, o que me retira qualquer vontade de lamentação. A verdade é que não podemos ter tudo (pelo menos eu não posso ter tudo), no entanto, amo tudo o que tenho.
Nada como a minha “teoria da relativização”, para me dar a noção certa do valor das coisas, na hora do balanço. De qualquer forma, é sempre bom deixar algo para o ano que começa; planos com potencial de realização, caso contrário, não passarão de sonhos. E eu tenho planos. Um deles é fazer exercício físico.
E você, tem planos para 2009?

Desejo-lhe uma óptima semana!