segunda-feira, 30 de junho de 2008

Ter e ser

( Imagem aqui)

Quando eu era estudante e não tinha dinheiro para comprar calças Levi’s, comprava “Queens”; nunca ouviu falar, pois não? Mas garanto que eram umas “Queens” originais!

Tivemos este fim-de-semana a festa popular do S.Pedro, e senti-me atónita com quantidade crescente de vendedores de contrafacções. Roupa, malas, sapatos, perfumes, óculos, relógios, das marcas do momento; Tous, Burberry, Prada, Gucci, D&G, Nike, Puma, é só dizer o que procura que há!

Porque pagar 300€ por uma mala se a pode ter por 20€?!
Para além da vulgaridade de ser mais uma, ou um, o comprador está a contribuir para um negócio ilegal que envolve milhões e cai directamente no bolso de uns quantos que não pagam impostos, que exploram os empregados, e na maior parte das vezes nem sequer têm as fábricas legalizadas.

Não que eu pretenda defender as marcas, coitadinhas, que mesmo assim ganham milhões, biliões ou ziliões de euros, porém, a César o que é de César; eles pagam a designers, pagam impostos, pagam patentes, logo têm o direito de ver as suas criações protegidas.

O pior de tudo é que a contrafacção se vai estendendo a todas as áreas; a medicamentos, por exemplo, que estão a ser comercializados na Ásia e em África, causando a morte a muitos inocentes. Também vão chegar cá, acredite!

Enquanto houver quem compre, haverá quem venda e quem compra cópias só o faz porque entrou naquela paranóia confusa do ser/ter. Nós somos o que somos, não o que temos.

Uma óptima semana, para si!