segunda-feira, 9 de abril de 2007

Hoje o meu filho faz 6 anos!


Em Julho de 2000 eu o meu marido combinamos que logo após as férias iríamos iniciar o processo de adopção de uma criança. Fomos de férias para a Holanda, fizemos cerca de 5.000 kms de carro numas férias fantásticas, num pais belíssimo. Quando regressamos eu descobri com surpresa que estava grávida. Na primeira consulta e após a 1ª ecografia o médico disse-nos que dificilmente a gravidez iria até ao fim, porque eu tinha vários miomas no útero. No momento eu fiquei triste, porém quando saí do consultório, disse ao meu marido:
- Não acredito! Tenho a certeza que esta criança quer nascer, afinal fizemos uma viagem de 5.000 kms, nos primeiros dias da gravidez e ela aqui está.
Então, eu fazia constantemente festinhas na barriga e dizia-lhe:- agarra-te à mãe, bebé!
Eu tinha pavor do parto; todos os anos no meu aniversário a minha mãe dava-me os parabéns e fazia-me uma descrição das quase 24 horas de sofrimento que teve e de como desejou a morte. Portanto, o meu trauma vinha daí e mesmo existindo a epidural eu ainda não estava completamente relaxada com o parto e comecei a pensar que o ideal seria uma cesariana. Quando o medico me disse que o bebé estava sentado e que se não mudasse de posição me faria uma cesariana eu fiquei completamente tranquila. Comecei a dizer ao meu filhote: "- fica assim mesmo Duarte, não dês a volta". E simultaneamente sabia que ele não mudaria de posição, e falava com certeza a toda a gente que faria uma cesariana.
A gravidez correu muito bem e o Duarte nasceu de cesariana, tal como combinado com ele.
Quando o Duarte nasceu algumas mães aconselharam-me a desfrutar o mais possível do bebé, que o tempo passaria demasiado depressa e quando me apercebesse já ele teria idade para ir para a escola. Eu ouvia-as e sorria, pensando para os meus botões: "-Contigo foi assim porque ao fim dos 4 meses tinhas o teu filho no infantário e regressado ao trabalho".
Convenci-me que comigo seria diferente, pois passaria muito tempo com ele, no entanto, hoje o meu filho faz 6 anos e eu não sei como o tempo passou tão depressa.
O que eu quero dizer aqui é que às vezes a vida foge-nos completamente do controle, como diz aquela frase:” não faças planos para a vida, que ela pode ter outros planos para ti!”. Bem, eu deixei nas mãos de Deus e a partir do momento em que eu aceitei o que quer que fosse que me estava destinado, engravidei.
Hoje o meu filho faz 6 anos e vai para a escola em Setembro! Não dá para acreditar como o tempo passa...